terça-feira, 31 de julho de 2012

Bugre Perde a Vaga de Forma "Supeita"

Demorei para postar por que faço minhas as duas opiniões que abaixo transcrevo do colunista Celiomar Garcia e do amigo Rodrigo Vicente

Mas é o domingo, 22, que jamais saíra de minha lembrança. A poucos instantes cheguei da longínqua Frederico Westphalen, aonde transmiti pelos microfones da rádio Camaquense a grande vitória do Guarany de Camaquã sobre o União por 2 a 1. Também tive o imenso prazer de conhecer um povo hospitaleiro e que faz futebol por paixão, se entregando de corpo e alma ao clube de sua cidade. Uma torcida que superlotou as dependências do estádio Vermelhão da Colina e promoveu a verdadeira festa do futebol.
Com a derrota, o União ficou sem chances de classificação, mas o vencedor, no caso o Guarany estava realizando um sonho que nenhum cronista esportivo de fora sequer cogitava, a vaga para elite do futebol gaúcho. Opa, espera um pouquinho, o jogo na Montanha dos Vinhedos que já trazia um ar de jogo arrumado, começou a ficar mais estranho quando atrasou em quase 15 minutos. A vitória do Passo Fundo por 1 a 0 classificou a equipe do planalto para elite do futebol gaúcho em 2013.
O Passo Fundo não tem nada com isso, pois a briga era do Esportivo contra as comunidades de Camaquã e Frederico Westphalen e tudo ficou bem claro nas últimas declarações.

Celiomar Garcia
Video produzido por Nikolas Miguelles

É lamentável que um time que leva o nome de “Esportivo” e que, segundo o próprio presidente, é um time “grande”, faça a coisa mais antiesportiva de um campeonato. O que o Esportivo fez, com certa conivência da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), de entrega um jogo dentro da própria casa para desfavorecer uma equipe é inaceitável em um campeonato profissional. Quando falo na FGF me refiro ao fato de possibilitar que haja combinação de resultados, quando favorece uma equipe de alguma forma, seja com um árbitro ou com o horário do jogo.
É triste o que aconteceu na série A2 do Campeonato Gaúcho de Futebol. Mostra o quanto o futebol e o campeonato precisa evoluir. Não só o futebol, mas as pessoas que estão à frente dele. Parabéns ao Guarany de Camaquã, que fez direito o dever de casa. O Bugre jogou bem. E muito. Deu sangue pelo campeonato. Levou orgulhosamente o nome de Camaquã para outros pampas.
Parabéns a União Frederiquense, que assim como o Bugre, jogou o campeonato como se espera de uma equipe: com profissionalismo e espírito esportivo. As duas equipes, mesmo sem alcançar seus objetivos na tarde deste domingo, vão poder dormir em paz. Cumpriram suas obrigações e não envergonharam seus torcedores.
Quanto às demais equipes, o que ficou foi um claro exemplo de como não se faz futebol. Que este campeonato sirva ao menos como exemplo para que a FGF repense a maneira de estruturar e conduzir a competição e, de maneira alguma, repita os erros desta edição.

Rodrigo Vicente

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