terça-feira, 28 de abril de 2009

Holocausto

Nosso mundo teve e tem ainda, páginas terríveis e brutais de massacres. Mas o Holocausto dos judeus é infelizmente o paradigma e a síntese dessa monstruosidade. É terrível perceber que o funcionamento dos campos da morte nazista mostram seu parentesco próximo com a modernidade.
Como uma vasta literatura sociológica sublinha nos últimos anos: a 'modernidade' do nazismo se revela sobretudo nas suas práticas exterminadoras. Os genocídios nazistas implicam o monopólio estatal da violência. E o seu funcionamento incorpora integralmente o princípio taylorista da racionalidade produtiva, porque a morte é o resultado final de um processo racional do tratamento de uma matéria-prima (os judeus deportados) que é organizada pelo modelo de uma fábrica e da produção em série. Dito de outra maneira – e mais terrivelmente –, Auschwitz funcionava com as regras da cadeia de trabalho: a chegada dos comboios, a seleção, o confisco de bens, o desnudamento, a câmara de gás e, enfim, o forno crematório. Os campos de extermínio incorporavam assim, inevitavelmente, a racionalidade administrativa.É quase insuportável perceber essa racionalidade homicida. Mas a relação do nazismo à modernidade ocidental é essencial para compreender a gênese e a história de sua violência.
Por isso, o Holocausto e Auschwitz, em particular, aparecem como 'síntese singular' dos elementos que encontramos em nossa civilização, uma síntese que revela as raízes profundas do nazismo, sob formas patológicas ou não, mas todas mergulhadas na história, na cultura, na técnica, nas formas de organização, produção e dominação do mundo moderno.Se isso for assim, e creio que é, lembrar e reverenciar a tragédia do Holocausto, não é 'apenas' curvar-se e comover-se frente a um dos episódios mais terríveis da história humana.
É compreender que não foi único, atípico, irrepetível, inexplicável. É compreender que toda dor: o último grito, a luz do último olhar, a explosão do desespero, a perplexidade do pensamento, não se deu no passado, no planeta Auschwitz. Foi aqui nesta terra, neste mundo, nesta época. Entendendo assim, recolocamos o Holocausto no mundo, em nós, no presente eterno.
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Publicado na página 4 do jornal Correio do Povo de 21 de abril de 2009.

PS: Relato aqui a grata satisfação em conhecer este extraordinário militante histórico da esquerda socialista.

3° PTerça

Como de costume em Camaquã, o Partido dos Trabalhadores em toda primeira terça do mês realiza uma atividade a fim de conjunturar companheiros da temática política e de informes que ajudem no fortalecimento da vida partidária. Na 1° PTerça, em março, tivemos a contribuição do Presidente da AD Costa Doce Zelmute Oliveira, que é também Secretário de Turismo, Indústria e Comércio de São Lourenço do Sul, onde explanou a sua gestão em frente ao desenvolvimento regional.
Na 2° PTerça, tivemos o Coordenador da Bancada Petista na Assembléia, João Vitor, que relatou as investigações e o desgoverno Yeda.
E na 3° PTerça, será o com o Presidente Estadual do PT, Olívio Dutra, num super jantar de confraternização e mobilização frente campanha 2010.
Então Pega a bandeira, vem pra rua, vem participar...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Retratos de um novo Brasil.

O seminário promovido pelo gabinete do Deputado Federal Henrique Fontana, teve no último sábado inúmeras referências sociais e politicas que debateram e conheceram ações e iniciativas da gestão do Presidente Lula.
Fontana ressaltou a presença do sociólogo Emir Sader, um dos maiores fundamentadores e expoentes do pensamento de esquerda do Brasil, e um dos principais escritores sobre a questão e também do Ministro da Justiça Tarso Genro, que foi amplamente aplaudido pelos presentes em sua fala. Fontana disse "estamos mostrando uma nova realidade para o Brasil, o governo Lula investe como nenhum outro neste momento de crise internacional, e a referencia nesta mesa do Emir e do Tarso mostram bem o compromisso deste governo que estas figuras no governo e na militância para o desenvolvimento do país".
Além dos militantes das lutas socias estavam presentes representantes de inúmeras autarquias governamentais e ministério de explicaram e deram dicas de como acesar os projetos governamentais.
O Sociólogo Emir Sader ressaltou os aspectos da crise e disse que o capitalismo não terá fim, apenas se apresentará de forma diferente. Já Tarso, falou das investigações que ocorreram e ocorrem perante a polícia federal e de projetos de segurança pública como o Pronasci que trabalha a ressocialização das pessoas.
O seminário foi uma boa iniciativa para compreender as dimensões que foram situadas as ações governamentais do Presidente Lula nos últimos 6 anos.

domingo, 26 de abril de 2009

Parabéns São Lourenço do Sul pelos seus 125 anos

Nossa terra desbravada
Em bravo ciclo colonial
Emanada do labor viril
Em sesmaria provincial,
Um povo forte surgiu
Fértil o teu ventre solo
É alento que sustenta,
Ao transpor fronteiras
É a mãe forte e atenta
Em pátria brasileira
A beleza natural
Sob o lindo céu azul,
És a minha terra nata,
Oh! São Lourenço do Sul
Útil e seguro porto
Aos ideiais republicanos
Uma estrela cintilante
É com o brio que ufano
Perfilando o Rio Grande
Em tuas praias serenas
Onde acenan coqueiras
Meu brado forte ecoa:
Te exalto cada vez mais,
Minha "Peróla da Lagoa"
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Uma homenagem aos 125 anos de São Lourenço do Sul

terça-feira, 21 de abril de 2009

Informes do Ponto de Cultura MusicArte

O Ponto de Cultura MusicArte, em São Lourenço do Sul, que é um progama do governo federal em parceria com a prefeitura municipal está divulgando as suas ações para o anivesário do município que comemora seus 125 anos. Confira e participe:

23/04 - Tarde do Ponto de Cultura no Calçadão das 14:00 às 16:00 hrs;
24/04 - Inauguração Oficial do Telecentro;
26/04 - Banda Municipal Luis Carlos Colvara na Caminhada comemorativa pelo aniversário do Município.

Abril Vermelho

Abril vermelho. Memória de um massacre impune.
Por Antonio Cechin e Jacques Távora Alfonsin

No dia de hoje, 17 de abril, cumprem-se 13 anos do massacre praticado pela polícia militar do Estado do Pará, em Eldorado dos Carajás, que resultou na morte de 22 agricultores sem-terra, mais 70, entre mutilados e feridos. Condenados judicialmente, como responsáveis pela chacina, o Coronel José Mario Colares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira, às penas de 228 anos e 154 anos de prisão, respectivamente, os dois continuam livres, por força de recursos que impetraram junto ao Superior Tribunal de Justiça em Brasilia.
Como nos protestos públicos que ocorrem frequentemente em outros Estados do país e aqui no Rio Grande do Sul, a explicação justificativa dessa barbaridade foi a de que as vítimas estavam bloqueando uma estrada, no caso, a PA-150...
Esse tipo de protesto, todavia, que atrapalha um trânsito de veículos, mais não visa do que desbloquear um trânsito de pessoas rumo a uma terra prometida em lei!, tanto no Estatuto da Terra quanto na Constituição Federal (arts. 184 a 191), lei essa que funciona mesmo, e de maneira a mais violenta, com raríssimas exceções, exatamente contra quem se atreve a reivindicar os efeitos materialmente jurídicos, por ela previstos.
Como se sabe, a versão manipulada de um efeito como se ele fosse a verdadeira causa de um determinado fato, é um dos ardis mais usados pela formação daquilo que a ideologia tem o poder de criar como “falsa consciência”; no caso, o protesto público em favor da reforma agrária deixou de ser a causa real, dando lugar ao bloqueio da estrada como causa justificativa da repressão. Assim, para o poder oligárquico da elite agrária do país, e para grande parte do Poder Público que lhe dá cobertura, o injustificável atraso que se verifica na tramitação judicial do processo que visa apurar a responsabilidade de quem comandou o massacre é de todo conveniente, pois não só garante a impunidade de quem o praticou, como, pelo simples decurso do tempo, relega tudo ao esquecimento coletivo.
O chamado abril vermelho, portanto, que leva para as ruas e estradas tantos agricultores sem terra, não quer que essa manipulação consagre um tal esquecimento, esse sim, criminoso, flagrante violação dos direitos humanos das vítimas, aí não só as do iníquo massacre de Carajás, mas desse outro, que não permite a realização da reforma agrária e do acesso à terra de milhões de brasileiros pobres.
Engana-se quem pensa que um absurdo como esse seja coisa exclusiva do Pará. Aqui mesmo no Rio Grande do Sul, todo o ano de 2008 e os poucos meses decorridos de 2009, comprovam que o Ministério Público persegue tenazmente as/os sem-terra com um apoio extraordinariamente poderoso, pela ordem, dos latifundiários gaúchos, do Poder Executivo e do Judiciário. Embora obrigado a recuar do propósito inicial de “dissolver” o MST (!), coisa que pode ser comprovada documentalmente pela ata de uma reunião do Conselho Superior do mesmo Ministério, os promotores encarregados de investigar o Movimento e processá-lo o que não conseguiram no atacado, estão tentando fazê-lo no varejo. “Despejos” violentos de acampamentos, buscas e apreensões, publicação de relatórios pertencentes às suas lideranças, apanhados nessas buscas e revistas, tudo com apoio ostensivo e violento da polícia militar do Estado, culminando agora com o fechamento da escolas itinerantes do MST, isso tudo visa, senão dissolvê-lo, desmoralizá-lo ao ponto de retirar-lhe todo e qualquer apoio não só a ele como a qualquer política pública de reforma agrária. Com tal estardalhaço repercutindo na mídia, se “compensa” o escândalo vergonhoso de Carajás.
Essa agilidade toda ocorre quando o Ministério Público estadual, ou até a Procuradoria da República, no âmbito de suas competências, são provocados, para apurar as truculências e maldades praticadas pela polícia militar contra os agricultores sem-terra? A iniciativa é tão veloz contra os latifundiários que, desobedecendo a lei, bloqueiam (!) a porteira das suas terras, não permitindo vistorias do Incra sobre seus latifúndios, para medir os índices de sua produtividade? Alguma ação civil pública é movida para desbloquear a estrada (!) de modificação de tais índices, defasados há décadas? Alguma outra ação foi proposta pelos promotores para conferir as licenças que estão sendo concedidas às transnacionais plantarem eucalipto pondo em risco nosso meio-ambiente? Compare-se tudo com o tempo necessário para uma ação de desapropriação de latifúndio rural chegar ao fim e permitir acesso dos sem-terra ao que eles tem direito e ela visa obter.
Parece mentira, mas uma constatação como a de Victor Nunes Leal, um ministro do Supremo Tribunal Federal, cassado em 1969 pelo AI-5, pode recomendar cuidado a quem pensa que acontecimentos como do de Carajás ou como os que atualmente agridem os sem-terra no Rio Grande do Sul, seja coisa somente do passado. Em Coronelismo, enxada e voto, denuncia esse defensor dos direitos humanos a estreita ligação que as oligarquias agrárias guardam com todo o aparelho de repressão que o Estado mantém, como uma verdadeira “magistratura oficiosa, reforçando o governismo dos chefes locais” para “fazer justiça aos amigos” e “aplicar a lei” aos adversários.” ... (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1997, p. 242).
Que o chamado “respeito à lei”, portanto, tão apregoado pela “moderna inquisição” montada contra os sem-terra, não coincide sempre com a justiça, isso sabe bem o poder econômico do qual, saiba ou não, queira ou não, ela é cúmplice. Denúncias de um tal tipo, talvez, consigam convencê-la de que, em contexto idêntico ao que descreve o evangelho para a sua conduta, um camelo não passa pelo buraco de uma agulha.

Abril Vermelho

Abril vermelho. Memória de um massacre impune.
Antonio Cechin e Jacques Távora Alfonsin

No dia de hoje, 17 de abril, cumprem-se 13 anos do massacre praticado pela polícia militar do Estado do Pará, em Eldorado dos Carajás, que resultou na morte de 22 agricultores sem-terra, mais 70, entre mutilados e feridos. Condenados judicialmente, como responsáveis pela chacina, o Coronel José Mario Colares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira, às penas de 228 anos e 154 anos de prisão, respectivamente, os dois continuam livres, por força de recursos que impetraram junto ao Superior Tribunal de Justiça em Brasilia.
Como nos protestos públicos que ocorrem frequentemente em outros Estados do país e aqui no Rio Grande do Sul, a explicação justificativa dessa barbaridade foi a de que as vítimas estavam bloqueando uma estrada, no caso, a PA-150...
Esse tipo de protesto, todavia, que atrapalha um trânsito de veículos, mais não visa do que desbloquear um trânsito de pessoas rumo a uma terra prometida em lei!, tanto no Estatuto da Terra quanto na Constituição Federal (arts. 184 a 191), lei essa que funciona mesmo, e de maneira a mais violenta, com raríssimas exceções, exatamente contra quem se atreve a reivindicar os efeitos materialmente jurídicos, por ela previstos.
Como se sabe, a versão manipulada de um efeito como se ele fosse a verdadeira causa de um determinado fato, é um dos ardis mais usados pela formação daquilo que a ideologia tem o poder de criar como “falsa consciência”; no caso, o protesto público em favor da reforma agrária deixou de ser a causa real, dando lugar ao bloqueio da estrada como causa justificativa da repressão. Assim, para o poder oligárquico da elite agrária do país, e para grande parte do Poder Público que lhe dá cobertura, o injustificável atraso que se verifica na tramitação judicial do processo que visa apurar a responsabilidade de quem comandou o massacre é de todo conveniente, pois não só garante a impunidade de quem o praticou, como, pelo simples decurso do tempo, relega tudo ao esquecimento coletivo.
O chamado abril vermelho, portanto, que leva para as ruas e estradas tantos agricultores sem terra, não quer que essa manipulação consagre um tal esquecimento, esse sim, criminoso, flagrante violação dos direitos humanos das vítimas, aí não só as do iníquo massacre de Carajás, mas desse outro, que não permite a realização da reforma agrária e do acesso à terra de milhões de brasileiros pobres.
Engana-se quem pensa que um absurdo como esse seja coisa exclusiva do Pará. Aqui mesmo no Rio Grande do Sul, todo o ano de 2008 e os poucos meses decorridos de 2009, comprovam que o Ministério Público persegue tenazmente as/os sem-terra com um apoio extraordinariamente poderoso, pela ordem, dos latifundiários gaúchos, do Poder Executivo e do Judiciário. Embora obrigado a recuar do propósito inicial de “dissolver” o MST (!), coisa que pode ser comprovada documentalmente pela ata de uma reunião do Conselho Superior do mesmo Ministério, os promotores encarregados de investigar o Movimento e processá-lo o que não conseguiram no atacado, estão tentando fazê-lo no varejo. “Despejos” violentos de acampamentos, buscas e apreensões, publicação de relatórios pertencentes às suas lideranças, apanhados nessas buscas e revistas, tudo com apoio ostensivo e violento da polícia militar do Estado, culminando agora com o fechamento da escolas itinerantes do MST, isso tudo visa, senão dissolvê-lo, desmoralizá-lo ao ponto de retirar-lhe todo e qualquer apoio não só a ele como a qualquer política pública de reforma agrária. Com tal estardalhaço repercutindo na mídia, se “compensa” o escândalo vergonhoso de Carajás.
Essa agilidade toda ocorre quando o Ministério Público estadual, ou até a Procuradoria da República, no âmbito de suas competências, são provocados, para apurar as truculências e maldades praticadas pela polícia militar contra os agricultores sem-terra? A iniciativa é tão veloz contra os latifundiários que, desobedecendo a lei, bloqueiam (!) a porteira das suas terras, não permitindo vistorias do Incra sobre seus latifúndios, para medir os índices de sua produtividade? Alguma ação civil pública é movida para desbloquear a estrada (!) de modificação de tais índices, defasados há décadas? Alguma outra ação foi proposta pelos promotores para conferir as licenças que estão sendo concedidas às transnacionais plantarem eucalipto pondo em risco nosso meio-ambiente? Compare-se tudo com o tempo necessário para uma ação de desapropriação de latifúndio rural chegar ao fim e permitir acesso dos sem-terra ao que eles tem direito e ela visa obter.
Parece mentira, mas uma constatação como a de Victor Nunes Leal, um ministro do Supremo Tribunal Federal, cassado em 1969 pelo AI-5, pode recomendar cuidado a quem pensa que acontecimentos como do de Carajás ou como os que atualmente agridem os sem-terra no Rio Grande do Sul, seja coisa somente do passado. Em Coronelismo, enxada e voto, denuncia esse defensor dos direitos humanos a estreita ligação que as oligarquias agrárias guardam com todo o aparelho de repressão que o Estado mantém, como uma verdadeira “magistratura oficiosa, reforçando o governismo dos chefes locais” para “fazer justiça aos amigos” e “aplicar a lei” aos adversários.” ... (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1997, p. 242).
Que o chamado “respeito à lei”, portanto, tão apregoado pela “moderna inquisição” montada contra os sem-terra, não coincide sempre com a justiça, isso sabe bem o poder econômico do qual, saiba ou não, queira ou não, ela é cúmplice. Denúncias de um tal tipo, talvez, consigam convencê-la de que, em contexto idêntico ao que descreve o evangelho para a sua conduta, um camelo não passa pelo buraco de uma agulha.

Um documento histórico

Ontem, presenciei um momento inarrável, uma dessas noites que se evocam milhares de palmas para saldar esta lina iniciativa de questão histórica cultural. O lançamento a cartilha do Sesquicentrenário da Colonização Alemã-Pomerana em São Lourenço do Sul e a primeira mostra do DVD que está em fase de conclusão, emocionaram o imenso público lourenciano que tomava conta e todo o auditório da Escola Marina Vargas.
Num esforço singular da administração municipal, e empenho pessoal do Secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Zelmute Oliveira que coordenou as festividades do município durante o período, pode se perceber que a cultura pode ser usada como meio de emancipação social, como bem ressaltou o Assessor de Cultura Jairo Scholl Costa, que publicou um romance que caracteriza a chegada pomerana em solo lourenciano, o livro Pescador de Arenques, é fora a cartilha mais um legado histórico dessa imigração e do fortalecimento cultural e histórico que vive esta cidade.
Uma noite, simplesmente memorável. Um grande presente a cidade na semana de comemoração de seus 125 anos.

domingo, 19 de abril de 2009

Parabéns Camaquã pelos seus 145 anos


Camaquã ó terra hospitaleira Altaneira, Camaquã
Camaquã, ó terra pioneira
De seus filhos e de seus heróis
No Rio Grande paira sobranceira
No progresso a erguer tua voz!
Arrozais dourando a pradaria
Fumo e soja a reverdecer
Pecuária, indústria e comércio
Novo rumo em constante crescer!
És trabalho, és luz, fraternidade
Calorosa em teu conviver
Com as bênçãos de Deus nossa cidade
É lugar para a gente viver.
___________________________________________________________________ Homenagem a minha terra natal pelo seus 145 anos.

sábado, 11 de abril de 2009

Tempo de Refletir

Páscoa é ser capaz de mudar, é partilhar a vida na esperança, é lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
Páscoa é dizer sim ao amor e à vida, é investir na fraternidade, é lutar por um mundo melhor, é vivenciar a solidariedade.
Páscoa é ajudar mais gente a ser gente, é viver em constante libertação, é crer na vida que vencer à morte.
Páscoa é renascimento, é recomeço, é uma nova chance pra gente melhorar as coisas que não gostamos em nós.
Para sermos mais felizes por conhecermos
A nós mesmos mais um pouquinho e vermos que hoje somos melhores do que fomos ontem.
Feliz Páscoa!!!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

AD Costa Doce na festa da Gastronomia

É isso mesmo, em reunião na última terça-feira, o Secretário de Turismo Indústria e Comércio de São Lourenço do Sul e Presidente da AD Costa Doce, Zelmute Oliveira, o Presidente da Associação da Comercial e Industrial de Camaquã, e o Presidente do Sindicato Rural de Camaquã.
Na referida reunião ficou definido que a AD Costa Doce passa a integrar o núcleo ajudará na organização da Gastronomia do Arroz, um dos principais eventos da região.
Zelmute destaca que a governança regional aos poucos inicia um processo de fortalecimento de seus municípios e que a AD Costa Doce trabalha para o desenvolvimento regional sustentável de toda a sua região.
O ingresso da AD Costa e principalmente da figura de Zelmute é um ganho imenso a festa, que recebe além de um dos divulgadores da região, um experinte gestor público que se destaca cada vez mais na região, com eventos do porte do Reponte, Shows de Verão e outros em São Lourenço do Sul.
Camaquã e a festa da Gastronomia do Arroz, agradece.

Um palanque duro para o PDT camaquense

O Partido Democrático Brasileiro de camaquã, está num dilema com a provável candidatura de José Fogaça (PMDB) ao governo do estado em 2010, isso tudo porque o seu vice em Porto Alegre, José Fortunati é pedetista, e assumiria a prefeitura da capital dos gaúchos, com a legitimidade de pleitear o cargo a uma reeleição, este é o pos. Os contras ficam por conta do último pleito da cidade e a disputa acirrada entre as coligações de PMDB de Molon e coligações de PDT de Hermes.
Uma provável candidatura de Fogaça, além de uni-los, poderia juntar ainda o PP de João Carlos Machado, ex-prefeito e atual secretário estadual da agricultura, figura que teve no PDT e PT principais oponentes em sua gestão.
Você já imaginou todos eles num palanque? é não dá pra imaginar mesmo. Por isso, e principalmente por Hermes ter participado de programas específicos da gestão petista de Olívio Dutra no estado, tenho certeza que o agora assessor da bancada pedetista na Assembléia Legislativa defenda uma coligação a nível estadual com o PT.
Aguardemos, pois a política é dinâmica.

PMDB e PT juntos? Nunca!

Diferentemente do que acontece no Brasil, onde o PMDB é aliado da gestão petista, o inverso em Camaquã não acontecerá. Digo isto, perante ao inúmeros comentários que se vê na cidade e até em orgãos de imprensa local.
E os comentários não acontecem por nada, o PMDB camaquense desde que assumiu corteja os petista, principalmente após o episódio em que petistas foram decisivos para a aquisição do CEFET, agora IFET, para o município, e isto não é pouca coisa, pois simboliza o maior investimento em educação do Governo Federal em toda a região.
Nas últimas eleições, ficou claro a oposição de petistas a este governo e este projeto político que administra Camaquã, tanto é verdade que indiscutivelmente a atuação do Vereador Petista José Carlos Copes é considerada uma das mais significativas do legislativos, cumprindo o papel que a urna os escolheu, o de ser oposição, propor, legislar e de fiscalizar o governo municipal.
Como menbro da executiva municipal do Partido dos Trabalhadores, expresso minha opinião e asseguro a nossa atuação com o compromisso voltado para o bem de Camaquã, assim parafraseio o ex-prefeito Hermes Rocha (PDT) que disse após as eleições "A população nos colocou no papel de oposição, e é lá que estaremos cobrando, fiscalizando e propondo ações para melhorar nossa Camaquã.

Joel Santana
Secretário da Juventude do PT Camaquã

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Carta Maior lança debate: o Marxismo e o Século XXI

A Carta Maior lança a partir de hoje um seminário virtual sobre a obra de Karl Marx e os problemas que afetam a humanidade neste início do século XXI. Diante da grave crise econômica, política e social, decorrente das políticas do modelo neoliberal implementado nas últimas décadas no mundo, o pensamento do autor alemão voltou à ordem do dia.
A nova editoria terá a curadoria do professor Francisco de Oliveira, que escreverá e convidará, mensalmente, intelectuais para abordar o tema num debate que se estenderá até o final do ano e procurará ofecerer respostas à pergunta: o que Marx tem a dizer sobre os problemas do século XXI?
O marxismo seguramente foi a doutrina mais importante do século XX, no amplo sentido de um “campo” (Bourdieu) ou ainda no sentido de ideologia (Gramsci) e não no dos próprios Marx e Engels.(como doutrina dominante da classe dominante.) A tal ponto que se pode dizer que o século XX foi o século do marxismo.
A partir das formulações originais da dupla Marx-Engels, o marxismo foi se constituindo numa concepção de história, numa visão de mundo, numa prática de luta, numa política, diretamente na crítica ao capitalismo, seu inimigo figadal.
Desde o século XIX, formações partidárias nitidamente operárias criaram-se inspiradas nas idéias da dupla, tais como o prestigioso Partido Social-Democrata alemão, do qual o próprio Engels foi militante e dirigente, e o Partido Socialista Operário Espanhol. Todos os demais partidos de origem operária na Europa Ocidental, e mesmo na Índia, tinham o marxismo como sua orientação teórico-prática mais consistente. Deve-se dizer, sem apologia acrítica, que esse vasto campo construiu-se cheio de contradições, que fizeram sua riqueza, até que a mão pesada do Partido Bolchevique, vitorioso na Revolução de 1917, em seguida Partido Comunista da URSS, converteu o marxismo num dogma, e matou, em grande medida, sua capacidade criadora, que requer, antes de tudo, sua própria autocrítica.
O marxismo havia chegado à Rússia pelas mãos de teóricos do calibre de Plekhanov, e deu origem imediatamente a um movimento político que tomou explicitamente a forma de partido lutando pela Revolução e pelo poder, com seus dirigentes que se transformaram em condotiere mundiais, Lênin e Trotsky, para citar apenas estes.
Todos os partidos de origem operária o tinham como sua referência principal, salvo, talvez, e ironicamente, o Partido Trabalhista britânico onde o fabianismo e a rejeição à revolução logo dominaram a cena trabalhista inglesa, na contramão de Marx que havia pensado que o crescimento do operariado faria aparecer um pensamento e uma prática revolucionárias. Mas nunca deixou de haver não só uma fração de trabalhistas ingleses marxistas, como uma tradição teórica sobretudo na área da História, como o prova até hoje, Hobsbawm, e ontem, Laski, na teoria política.
Mas a contribuição do velho Labour para a formação das políticas do Estado do Bem-Estar talvez tenha sido a mais importante. Esse vasto movimento chegou até às ex-colônias. O Brasil conheceu a formação de seu Partido Comunista já em 1922.Mesmo refluindo das posições revolucionárias, os partidos de origem social-democrata mais que influenciar, de fato, inseriram as lutas sociais para sempre na política.
Todo o vasto movimento do Estado do Bem-Estar radicou na capacidade de operação dos partidos de origem operária, a socialização da política a que aludia Gramsci, o que elevou o nível de vida nos países do Ocidente capitalista a níveis que deixaram o programa inicial de Lênin como mero exercício teórico.
Aliás, o “pequeno grande sardo” é um dos marxistas mais originais e criativos, que contribuiu poderosamente para que o próprio marxismo entendesse e explicasse as democracias ocidentais. Recusando-se a fazer da política uma dedução da economia – o que, infelizmente, ocorre hoje – Gramsci, nos cárceres do fascismo mussolinista, deu as diretrizes que tornaram o então Partido Comunista Italiano o mais original e o mais capacitado a dirigir a nova Itália democrática. Aqui, mais uma vez, a história pregou uma peça: o progresso italiano, de que o partido de Gramsci foi o avalista em parceria – o “compromisso histórico” – com os cristãos do Partido da Democracia Cristã, terminou por solapar as bases sociais de ambos, e o PCI mergulhou numa longa decadência da qual há apenas vestígios em meio às ruínas das grandezas de Roma.Mas o marxismo carrega nas costas o pesado fardo do estalinismo e do terror soviético, sem que os marxistas tenham, até hoje, revelado a capacidade de explicar, marxisticamente, a tragédia em que desembocou a revolução mais radical da era moderna.
Não é suficiente a explicação materialista-vulgar de que todas as grandes revoluções comeram seus próprios filhos; tampouco justificar a cruel ditadura do georgiano – que na verdade já se ensaiava sob Lenin - pelas realizações técnico-científicas da ex-URSS: todos os marxistas nunca deveriam esquecer a lição do próprio Marx e dos frankfurtianos de que “progresso e barbárie” sempre formaram na história universal uma terrível unidade. A partir de certo momento, ficou muito evidente que o “marxismo soviético” (a expressão é de Marcuse) não era outra coisa senão uma doutrina de grande potência arrogantemente usurpadora das tradições marxistas. Mesmo a crítica trotkysta, que cedo viu a “degeneração burocrática” do Partido, e a também ainda mais precoce crítica de Rosa Luxemburgo, junto com a postura de Kautsky, não foram suficientes – nem o poderiam ser, já que o terror estalinista mal havia mostrado suas garras já sob a criação da temível e terrível Cheka sob Lênin.
Nos fins do século que acabou, talvez nas pegadas da explicação de Perry Anderson para o que ele chamou de “marxismo ocidental”, a combinação da desestruturação produtiva, com a revolução técnico-científica e paradoxalmente o próprio progresso levado a cabo pelo Estado do Bem-Estar desbarataram a própria classe operária e seus partidos social-democratas e comunistas; o “marxismo ocidental” descolou a reflexão teórica da perspectiva revolucionária. Deixou de influenciar a política e, pois, a luta de classe organizada, e refugiou-se nos trabalhos acadêmico-científicos. Mesmo assim, na universidade, que apenas durante um curto período – uns 40 anos , se tanto – abriu-se para o marxismo, o movimento também refluiu. Mas, surpreendentemente, a força criadora do marxismo abriu novas fronteiras , mesmo em terrenos que lhe eram anteriormente hostis e com os quais, ele mesmo, teve relações conflitivas e lhes dirigiu anátemas dogmáticos. É o caso das religiões- antes o “ópio do povo”, da psicanálise ,-uma ciência do inconsciente da justificação burguesa dos seus próprios crimes -, da própria literatura (nos caminhos já originalmente pensados por Lukacs), na critica da cultura e da modernidade – os frankfurtianos – da hegemonia norte-americana, Gramsci e seu “americanismo e fordismo”. Esses terrenos todos foram imensamente fecundados pelo marxismo, que lhes ampliou os horizontes.A pergunta que essa curadoria quer fazer é direta: e o século XXI e no século XXI ? O que o marxismo pode vir a ser, o que o marxismo tem a dizer?
O século abriu-se com a maior crise econômica, mundial, global, desde os dias da Grande Depressão de Trinta. Mesmo sobre esta, o que o marxismo disse “no calor da hora” não honrou muito as tradições da economia política marxista, que é seu terreno e sua certidão de nascimento. Economistas como Ievguin Varga passaram a certidão de óbito do capitalismo na crise de 1929. E agora, que crise é esta? François Chesnais tem dado orientações teóricas muito férteis, sobre a transição para um regime de acumulação à dominância financeira. E que mais ? Não há marxismo sem marxistas; estes não são muitos, hoje, no Ocidente.
No Brasil, às vezes tem-se a impressão de que o marxismo floresce sobretudo na universidade, na área de humanas, e ilumina muitos nichos da crítica. Mas nos partidos de esquerda, o marxismo é quase sempre um indesejado e no operariado ele é mais, é desconhecido. Operariado aliás, hoje multifacetado, reduzido nos locais produtivos, abundante nos locais de serviço, milhões nos trabalhos informais, uma grande classe não-classe. Será possível combinar reflexão criadora, novas interpretações do mundo, descoladas do trabalho?
As explorações sobre essas intrigantes questões não se farão com um marxismo ensimesmado, sectário e doutrinário; mas não se trata de proclamar um ecletismo despolitizado: as interrogações partem da tomada de posição de que o marxismo pode ainda alimentar as lutas pela transformação social e política, senão com a transcendência e abrangência mostradas no século XX, pelo menos com uma postura crítica que não se deixará seduzir nem pelo apocalipse nem pelo conformismo. Em suma, um marxismo dialógico e dialético.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Petistas rumo a 2010

Ary Vanazzy, Prefeito de São Leopoldo, é o nome cogitado pela Tendência Interna Articulação de Esquerda do Partido dos Trabalhadores para a disputa do pelito estadual de 2010. Vanazzy é prefeito reeleito do município e afirma que mesmo com as desistências de Olívio e Paim em concorrer ao Piratini, e a evidência eminente da afirmação do Ministro da Justiça, Tarso Genro, em ser o candidato favorito dentre as forças do partido, não retira a sua pré candidatura ao pleito da vaga partidária.

Outro fato, é que com o falecimento do Deputado Federal Adão Pretto, o Deputado Estadual Marcon deve sair como candidato a Câmara dos Deputados e com isso a volta de Frei Sérgio a concorrer a Deputado Estadual é cogitada com intensidade.

E que a Vereadora de Porto Alegre Maria Celeste, que trocou internamente de corrente, deve disputar uma vaga a Assembléia Estadual.

Além de Marcon, Zulke, Fabiano Ṕereira, Bohn Gass, Ivar Pavan e Vilaverde disputarem vagas a Câmara dos deputados.

E na região sul cresce o nome de Zelmute Oliveira, Secretário de Turismo, Indústria e Comércio de São Lourenço do Sul que faz um trabalho voltado ao desenvolvimento sustentável regional.

Mudanças em São Lourenço do Sul

Hoje 1° de abril, dia da mentira, começa a acontecer as primeiras mudanças na gestão do prefeito reeleito Zé Nunes (PT), e este fato é verdadeiro, as mudanças só acontecem neste momento e não no inicio de sua nova gestão, por que o veraneio e atividades de relevância como o Reponte estavam já pré estabelecidas e com suas equipes organizadas para a sua realização.
As principais mudanças é na reestruturação de equipes de secretárias, projetos e etapas a reorganizar projetos. Setores como a Cultura crescem ganhando uma Coordenadoria, a partir do dia 15, sob orientação de Gilmar Pinheiro (Gibinha) e continua com a Assessoria do Historiador Jairo Scholl Costa, em partes vinculada a secretária de educação.
Já a Administração troca de titular com o ex- vereador Mariozionho assumindo o seu comando a partir de hoje, e Martha Petrucci que comandou e reestruturou o setor ganha nova missão importantíssima de coordenar o setor de arquivamento que até então praticamente inexistia em São Lourenço do Sul, fruto de seu trabalho, hoje tem repartição própria e se torna mais um setor administrativo.
A Coordenadoria de Assistência Social ou Bem Estar Social, como queiram transforma-se em secretária aumentando a sua atuação no município.
Agora é torcer para que todos desenvolvam um bom trabalho.