Voltar a algum lugar, a algum espaço, a alguma memória, é recordar, "[...]e recordar é passar pelo coração", uma lembrança que antes fora não esquecida, mas adormecida pela turbulência do dia a dia. Uma lembrança que passa pelo histórico de vida, e pela formulações e opções que forjam as concepções de quem eu sou e de quem eu pretendo ser, perpassadas por um projeto de vida, escrito e reescrito por outrem com desejos e medos, mas outrora de utopia e de desafios... Relembradas quando visitei, ou melhor, revisitei nesse último final de semana a 1° Etapa da Escola da Juventude de Porto Alegre, e pude ver com a história também é cíclica, de quanto e quando ainda há de nossos sonhos externados em novos rostos e corações.
Um mesmo som, uma mesma, um mesmo cheiro, uma mesma luz... Tudo alicerçado por mesmo "novo" desafiador "momento. Um momento de deserto, de busca de si, para entender o outro, e conviver com os outros. Um momento de se revisitar, de se "reolhar" de se perceber e perceber que parte de suas escolhas, são por que as pode buscar.
Quanto a mim, fiquei feliz de como posso me perceber, e de como ainda é bom saber que a gente pode se identificar com um ideal tão rico, de como me entendo enquanto sujeito que se forja e de construção de mundo, que pode e está em constante mudança. Fiquei orgulhoso de ver minha história, recontada por alguns amigos, de ver como cada vez que a conto e ela se ressignifca para mim, mas principalmente de como é bom se identificar com as novas histórias dentro das Pastorais de Juventude, nesses 30 anos de RS, e de mais de uma década da qual tive a oportunidade de descobrir e desvelar...
A mística nos remete a essas voltas, a esses calabouços que por ora se fecham com um sinal de proteção, de nos fazer repensar a vida e nossa atitude, de como é necessário o outro para consigo mesmo, e de como a incompletude de nosso ser, é ampla, diversa e plural, mas que ao mesmo tempo é idêntica a do outro, e de que os termos podem estar em consonância, com uma algo agora, no futuro e no passado, ou seja sempre presente na memória e na história.
É como diz uma canção "Quando a gente se encontra, não somos apenas alguns..."
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