quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Os Programas Policialescos e os Ataques aos Direitos Humanos

É incrível como a televisão brasileira abre espaço em um canal aberto para os programas policialescos com apresentadores que se julgam como justiceiros, uma formula sensacionalista que expõe ao ridículo as pessoas e atacando diretamente os direitos humanos.
Refiro-me dessa forma, porque é costumeiramente assistir alguns destes programas nas mais diversas emissoras, que utilizam uma linguagem "chula" e se aproveitam de determinadas situações que expõem crianças, adultos, e até mesmo infratores de pequenos e grandes delitos ao ridículo, não dando a mínima oportunidade de defesa dos mesmos, e o pior, interpretando e julgando o fato como se fosse uma autoridade policial, ou até mesmo um juiz.
Normalmente os crimes retratados por esse programas são de comunidades pobres e carentes, estigmatizando determinada comunidade, querendo impor um perfil de delinqüente, entrevistando com ar de superioridade tanto infratores, testemunhas, vítimas e até mesmo a autoridade policial.
Também que imagem se remete as pessoas, ao verem tanta violência em um canal, utilizando a máxima de que "violência gera violência" estamos induzindo as pessoas a se agredirem, a cometer atos ilícitos com a reprodução desses programas, os mesmos programas até tentam utilizar a desculpa esfarrapada de que tentam prestar um serviço a comunidade denunciando estes atos, mas isto é uma falácia, para disfarçar a hipocrisia deste tipo de programa.
É incrível também como as empresas apóiam este tipo de programa, tanto nos comerciais, quanto naqueles anúncios internos dentro da edição do mesmo, as mesmas deveriam primar por programas que trouxessem uma mensagem positiva ao seu espectador e não uma agressão como podemos detectar.
Por último espero que cada vez mais o Ministério Público atue na área da comunicação, aplicando recomendações de utilização imprópria desses espaços, na sua forma e conteúdo.
Chega de imprensa se achar a dona da verdade, e agora ainda mais como ares de polícia.
Isso tem que acabar, pelo bem dos direitos humanos e da sociedade brasileira.

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