Local: Auditório do MARGS - 24/02/11
Por Joel Santana - Diretor
Por Joel Santana - Diretor
“Utopia ou possibilidade, o fato é que a esperança cresce quando se vislumbra a oportunidade de todo administrador ser também um educador”. (FERNANDES, 2001, p.11)
O Seminário de Planejamento Estratégico do MARS - Museu Antropológico do Rio Grande do Sul - surge de uma perspectiva de reconhecer o esforço de servidores que há anos se dedicam à preservação de um acervo significativo, de forma improvisada, sem um espaço para exposições. Além disso, de uma proposta de gestão democrática, onde o funcionamento e as ações da instituição cultural perpassem pelo diálogo, como base fundamental de entendimento do papel sócio-cultural do museu, suscitando-os a serem formuladores de políticas públicas e, ao mesmo tempo, tornando-os protagonistas nas decisões, num processo de comprometimento com a instituição.
Ao passo em que esta ação se configura em um processo simbólico, também se expressa o educativo, que por meio da mediação problematiza o cotidiano do museu para a formulação de encaminhamentos que apontem linhas de pensamento para a solução ou aperfeiçoamento das demandas, reconhecendo os saberes e fazeres acumulados ao longo do período de trabalho destes servidores.
E partindo desses pressupostos e da relação antropológica de retratar as matrizes humanas, a metodologia precisa compreender a organização do museu em seus diferentes setores como a ação educativa, a comunicação, o acervo, o administrativo, os projetos e as pesquisas, todos permeando a exposição como elemento central de difusão de conhecimento.
E partindo desses pressupostos e da relação antropológica de retratar as matrizes humanas, a metodologia precisa compreender a organização do museu em seus diferentes setores como a ação educativa, a comunicação, o acervo, o administrativo, os projetos e as pesquisas, todos permeando a exposição como elemento central de difusão de conhecimento.
“A suposição de transparência, cara aos acadêmicos tradicionais, foi posta em questão. As fontes históricas agora parecem ser mais opacas que o que costumávamos pensar”. (BURKE, 2008, p.100)
Compreendendo que toda ação humana é passível de ser musealizada, e que esta musealização passa por um momento em que as pessoas têm “vontades de memórias”, e que esse desejo é combustível do fazer/acontecer nas instituições museológicas, propiciando o surgimento de novas narrativas e formas de abordagem e significação de indivíduos e/ou coletividades.
Assim o Museu Antropológico do Rio Grande do Sul pensa a sua gestão, apresentando um esboço de um plano de intervenção, que por meio de um debate aprimorará um diagnóstico que possibilitará, a partir de uma construção coletiva a elaboração de um projeto que contemple os pequenos e grandes desafios que se apresentam, não só a direção, mas toda a equipe do MARS.
Um desafio provocador, que requer repensar constantemente a nossa prática, como possibilidade ou utopia de um processo transversal entre as linguagens culturais.
Assim o Museu Antropológico do Rio Grande do Sul pensa a sua gestão, apresentando um esboço de um plano de intervenção, que por meio de um debate aprimorará um diagnóstico que possibilitará, a partir de uma construção coletiva a elaboração de um projeto que contemple os pequenos e grandes desafios que se apresentam, não só a direção, mas toda a equipe do MARS.
Um desafio provocador, que requer repensar constantemente a nossa prática, como possibilidade ou utopia de um processo transversal entre as linguagens culturais.
Referências Bibliográficas:
BURKE, Peter. O que é História Cultural? Rio de Janeiro. Zahar. 2ª ed., 2008.
FERNANDES, Maria Nilza Oliveira. Líder-educador: novas formas de gerenciamento. Petrópolis. Rio de Janeiro. Vozes, 2001.
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