quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Dezesseis dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher

Ainda há muito o quê fazer para construir uma sociedade mais justa na igualdade de direitos entre homens e mulheres é um dos alicerces desta construção. Neste contexto, cabe salientar que não existe igualdade sem respeito mútuo, às diferenças, virtudes e limitações. A necessidade de dominar o outro, fator que está presente na maioria das relações entre homem e mulher faz cair por terra esta aspiração. Com esta necessidade surge a violência física e psíquica, o meio mais simples de dominar. Qual delas fere mais? Qualquer mulher pode responder de acordo com suas experiências pessoais.
O momento em que o pai prefere um filho homem caracteriza a rejeição pela mulher, portanto uma forma de violência. A discriminação no ambiente de trabalho também caracteriza outra forma de violência, psíquica, mas que também é uma violência. Enquanto mulheres, não precisamos levar um soco, um empurrão, um tapa, para admitirmos que somos vítimas.
O dia 25 de novembro é o Dia Mundial da não violência contra a mulher. No Brasil a campanha de ativismo pelo fim da violência contra a mulher iniciou no dia 20 de novembro e se estende até 10 de dezembro. Neste período serão realizadas campanhas com o objetivo de conscientizar homens e mulheres de que é preciso mudar.
A violência contra a mulher, violência doméstica ou violência de gênero é um fenômeno histórico e cultural que deve ser extirpado. Não há justificativa para a violência, seja ela física ou psíquica. Homens e mulheres precisam se unir para enfrentar o problema. A primeira atitude é admitir que ele está em toda a parte, que atinge todas as classes sociais e que é preciso disposição, vontade para rever conceitos e revolucionar uma cultura arraigada na dominação e na violência.
Embora sejam importantes, os dados das pesquisas sobre a violência não revelam a sua verdadeira dimensão. Um grande passo já foi dado: a Lei Maria da Penha, leva este nome por justa homenagem a uma mulher que é símbolo da luta pelo fim da violência. Muitas incontáveis Marias, Eloás, Lúcias, Valérias, Helenas, Anas, Márcias, Denises... Clamam pelo fim da violência e por justiça.
É preciso que haja conscientização de que políticas públicas são indispensáveis para que o fenômeno da violência seja extirpado da sociedade. O Brasil é um dos últimos países do mundo a possuir legislação específica para coibir a violência doméstica. Ainda faltam juizados especiais e outras estruturas de apoio às vítimas, capazes de combater um “mal” que contamina todas as relações sociais.
Uma vida sem violência é um direito de todos (as), não se omita, denuncie!
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Artigo escrito por Denise Falkenberg Corrêa, Contribuição feita por Fabiola Rocha /Assessora do Vereador Copes (PT) Camaquã

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