
O presidente boliviano também pediu a governos e organizações internacionais que condenem as ações israelenses e defendeu a retirada do prêmio Nobel da Paz entregue a Simon Peres. Evo Morales lembrou que qualquer país pode apresentar denúncia contra os autores de crimes contra a humanidade, como genocídio e extermínio. "Os crimes do governo de Israel afetam a estabilidade e a paz mundial e fizeram o mundo retroceder à pior época dos crimes contra a humanidade desde a 2ª Guerra Mundial e, nos últimos anos, na ex-Iugoslávia e em Ruanda", disse o presidente boliviano.
Ele enfatizou ainda que a Bolívia é um país pacifista e não pode ficar apenas como um espectador diante do "genocídio que Israel comete contra a população civil na Faixa de Gaza".
Há quem ache que esse tipo de decisão não tem nenhum efeito prático, por se tratar da Bolívia, um país da periferia do sistema político mundial, e pelo fato de Israel não reconhecer o Tribunal Penal Internacional.
Mas a decisão de Evo Morales tem uma dimensão simbólica que aponta para algo que está fazendo falta no mundo: a força do exemplo. Como diz um velho adágio, a palavra convence, o exemplo arrasta.
O aymara Evo Morales, hoje presidente da República boliviana, sabe do que fala quando usa a palavra “genocídio”. Juntamente com os quechua, os aymara foram submetidos durante séculos, a um regime de exclusão, extermínio e repressão. A realidade palestina não lhes é nada estranha.
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Contribuição do blog RS Urgente
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