Me deparei a uma novela em plena campanha presidenciável, uma sucessão de boatos e obras de quem faz isso e quem faz aquilo, quem é mais cristão do que o outro, eu te prometo dar isso e tu vota em mim, comigo a vida vai ser assim e assado, e com o outro só desastre.
A boataria é tanta, que já tem gráfica especializada reproduzindo folhetos, altas perfomances de agressões por um bolinha de papel, muitas caras e bocas, e fora as tentativas de ligarem partidos e políticos com o narcotráfico e como a bomba nuclear.
Na verdade, quase uma instalação do sentimento que perdurou anos da ditadura militar, de instalar o caos, e de fazer de uma brisa, um furacão. Por isso, os artistas e os intelectuais voltaram a se reunir, a dizer que eles mostrarão a sua cara e a sua arte, para defender o "País de todos", não de meia dúzia como querem boa parte da imprensa desse país, e que irão mostrar que sua arte pode ajudar a mudar a vida, a denúnciar o cinismo, a mostrar que o que está em jogo é muito mais que obra e que números, que recordes, que homem ou mulher, que cristão ou ateus, que rico e que pobre.
O que está em jogo é uma concepção de mundo, de olhar os iguais diferentes, e os diferentes iguais, de regionalização das políticas de desenvolvimento, do futuro do patrimônio brasileiro e do tratamento do seu povo, que agora tem vez e voz e pode entrar no Palácio do Planalto pra falar com o Presidente, seja sindicalista, trabalhador rural, desempregado, jovem, mulher, negro, índio e tantos outros.
Um Brasil que tem autonômia nos debates mundiais, um Brasil que estabelece novas formas de diálogo na educação, na cultura, no turismo, na sociedade, com seu comitês gestores e conselhos, decisões tomadas em conjuntos, pro fortalecimento desse país, que é meu, que é seu, que é nosso, assim como é o Pré-Sal e a Petrobrás.
Um Brasil, que tem que olhar com mais respeito para as questões de acessibilidade, da diversidade de gênero, do imigrante, dos museus, das bibliotecas, da luta pela moradia, pelo acesso ao ensino, do direito de ir e vir, do trabalho infantil, dos presidiários, dos trabalhadores da agricultura familiar, dos negros e índios, enfim da consolidação da democracia.
É isto que está em jogo nessa eleição, é esse o debate que vai fazer o Brasil crescer, um debate em prol da melhoria da qualidade de vida das pessoas, por esse tipo de sociedade e de projeto político que o Brasil precisa seguir mudando! É Dilma Presidente! É 13
Joel Santana
Historiador/ Assessor de Memória e Patrimônio da Casa de Cultura
São Lourenço do Sul/RS
São Lourenço do Sul/RS
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