A 5a Primavera dos Museus, com seu tema Mulheres, Museus e Memórias, é um espaço de indagação sobre como o gênero, a mulher e o feminino estão sendo pensados na contemporaneidade. Com que memórias nossos museus individuais e coletivos estão sendo estruturados?
Em 2010, o Brasil elegeu sua primeira presidenta; no ano seguinte, a primeira mulher foi nomeada Ministra da Cultura, quase 80 anos depois da conquista do sufrágio feminino em 1932. A eleição da primeira mulher ao mais alto posto do Executivo Federal sintetiza os inúmeros avanços conquistados pelas mulheres no Brasil, como a ascensão no mercado de trabalho, os avanços na escolaridade e a gradativa (e ainda inicial) redistribuição das tarefas domésticas.
Na última década, especialmente, acontecimentos marcaram os avanços nas
conquistas de direitos e desenvolvimentos das políticas públicas voltadas para as mulheres.
Exemplo de relevo é a Lei Maria da Penha. Internacionalmente reconhecida, ela é marco do enfrentamento da violência contra a mulher.
No campo dos museus e da memória, as questões de gênero vêm alcançando
destaque e inspirando grandes exposições, novos museus, além de novas vontades de memória.
Apesar da evidente importância da mulher no país, a escrita oficial da história e a da memória coletiva omitiu por muitos anos seu papel na sociedade. Também foi assim nas artes, visto que até o século XIX, a arte parecia ser profissão exclusivamente masculina, enquanto as obras de artistas mulheres eram qualificadas de “amadoras”. A causa para esta “ausência” das mulheres na história da arte tem como evidência o acesso desigual à instrução artística e, principalmente, como omissão da escrita oficial em guardar seus feitos.
Simone de Beauvoir, ainda na primeira metade do século XX, coloca o ser-mulher como um sujeito-em-si, resgatando-o de um mero reflexo invertido ou de uma construção do olhar masculino. A autora reafirma a revolucionária percepção de que mulheres são sujeitos da história e sujeitos de suas histórias.
O desafio que se coloca na atualidade é o de introduzir as mulheres na memória
histórica. Não para escrever a “história das mulheres”, mas para identificá-las nos momentos em que estiveram presentes, ouvi-las da mesma forma como os homens são e foram ouvidos, não só na esfera privada, mas também no espaço público, local historicamente reservado ao sexo masculino.
Fonte: IBRAM - Instituto Brasileiro de Museus
Em 2010, o Brasil elegeu sua primeira presidenta; no ano seguinte, a primeira mulher foi nomeada Ministra da Cultura, quase 80 anos depois da conquista do sufrágio feminino em 1932. A eleição da primeira mulher ao mais alto posto do Executivo Federal sintetiza os inúmeros avanços conquistados pelas mulheres no Brasil, como a ascensão no mercado de trabalho, os avanços na escolaridade e a gradativa (e ainda inicial) redistribuição das tarefas domésticas.
Na última década, especialmente, acontecimentos marcaram os avanços nas
conquistas de direitos e desenvolvimentos das políticas públicas voltadas para as mulheres.
Exemplo de relevo é a Lei Maria da Penha. Internacionalmente reconhecida, ela é marco do enfrentamento da violência contra a mulher.
No campo dos museus e da memória, as questões de gênero vêm alcançando
destaque e inspirando grandes exposições, novos museus, além de novas vontades de memória.
Apesar da evidente importância da mulher no país, a escrita oficial da história e a da memória coletiva omitiu por muitos anos seu papel na sociedade. Também foi assim nas artes, visto que até o século XIX, a arte parecia ser profissão exclusivamente masculina, enquanto as obras de artistas mulheres eram qualificadas de “amadoras”. A causa para esta “ausência” das mulheres na história da arte tem como evidência o acesso desigual à instrução artística e, principalmente, como omissão da escrita oficial em guardar seus feitos.
Simone de Beauvoir, ainda na primeira metade do século XX, coloca o ser-mulher como um sujeito-em-si, resgatando-o de um mero reflexo invertido ou de uma construção do olhar masculino. A autora reafirma a revolucionária percepção de que mulheres são sujeitos da história e sujeitos de suas histórias.
O desafio que se coloca na atualidade é o de introduzir as mulheres na memória
histórica. Não para escrever a “história das mulheres”, mas para identificá-las nos momentos em que estiveram presentes, ouvi-las da mesma forma como os homens são e foram ouvidos, não só na esfera privada, mas também no espaço público, local historicamente reservado ao sexo masculino.
Fonte: IBRAM - Instituto Brasileiro de Museus
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