Essas são as maiores definição para a peça Hybris do Grupo Falos e Stercus sob a direção de Marcelo Restori (Diretor do Instituto Estadual de Artes Cênicas do RS). Hybris como o próprio folder decifra "[...] é a ponte entre o trágico e o contemporâneo. Em Hybris, as paredes se movem em torno do público para imergi-lo no universo fantástico de personagens emparedados num tempo de demedidas e questionamentos sobre uma civilização que colocou em risco sua própria existência. Nesse espetáculo do Falos, o público é jogado dentro de lúdicas instalações [...] para vivenciar um surpreendente existencialismo erótico, repleto de provocações e gozo. Hybris é a desmedida, a geradora do trágico. É esse o paralelo que a dramaturgia do espetáculo faz com nosso tempo de forma contemporânea e não linear. Ao propiciar o encontro entre o arcaico e o contemporâneo, o dramaturgo compõe uma unidade híbrida, na qual o teatro, a dança e as artes visuais dialogam com fluídez para falar da decadência de uma sociedade de emparedados."
Hybris - Foto: Fernando Pires |
Hybris, que pude assistir ontem no hipódromo em POA, e ficará em cartaz até sábado (17/09) é uma grande provocação estética e de sentido, levando-nos a refletir sobre a existência, sobre concepções de mundo, sobre relações e numa dimânica de interação de espaços, de atores e públicos, de acessórios como instalações, rapel e cenários, que se mutavam, que se transfiguravam em uma das mais geniais formas de proceder e provocar de forma estética os sentimentos... Uma peça inquietante e questionante sobre os ritmos que assumimos e as formas ambíguas com que se prostamos frente a vida.
Mais uma obra genial, do grande diretor Marcelo Restori.
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