sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Cineclube do Museu Julio de Castilhos apresenta Siri-Ará

O Cineclube do Museu Julio de Castilhos exibe o filme Siri-Ará, de Rosemberg Cariry, neste sábado (8), às 15h, com entrada franca. O drama é uma reflexão sobre os encontros e desencontros dos mundos que marcam a invenção da nação brasileira.
Lançado em 2008, o filme conta com Adilson Maghá, Everaldo Pontes, Erotilde Honório, Majô de Castro, Juliana Carvalho e Richele Viana no elenco. Roteirizado pelo próprio Rosemberg Cariry, na trama acompanhamos a busca de Cioran, filósofo nascido no Ceará e exilado na França, de onde recém chegou em busca de suas raízes. Ele se torna condutor de uma viagem que une mitos universais e locais, encenando a tradição cultural folclórica nordestina.

O filme foi agraciado com os prêmios de Melhor ator coadjuvante e Melhor elenco feminino no Festival de Brasília Foto: Divulgação

Sobre o autor
Filósofo de formação, Rosemberg Cariry começou sua carreira cinematográfica em 1975 com documentários de curta-metragem sobre artistas populares e manifestações artísticas do Ceará e do Nordeste. Em 1986, realizou seu primeiro filme de longa metragem (documentário), A Irmandade da Santa Cruz do Deserto, episódio de resistência camponesa que ocorreu em 1936 e que terminou tragicamente com a intervenção armada do governo e com milhares de camponeses mortos. O filme foi premiado nacionalmente e recebeu convite para participar de festivais em Portugal e Cuba.
Em 1993, ele filmou, ainda como cineasta independente, seu segundo longa-metragem (ficção) A Saga do Guerreiro Alumioso. A ação se desenrola em uma cidade imaginária dos sertões, mostrando o confronto tradicional entre os camponeses e os grandes proprietários de terra, que será resolvido por um Dom Quixote sertanejo que se identifica com o mito de Lampião. O filme ganhou o prêmio de Melhor Filme do Júri Popular, o prêmio de Melhor Ator e de Melhor Ator Coadjuvante, no XXVI Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 1993.
Em 1995, Rosemberg Cariry obteve o Prêmio da Retomada do Cinema Brasileiro, em concurso realizado pelo Ministério da Cultura e pôde começar a produção do seu terceiro filme de longa metragem, ficção, que se chamou Corisco e Dadá. O filme, baseado na história verídica de um casal de cangaceiros célebres nos anos 40, mostra em toda a sua dimensão trágica, a luta do homem pela sobrevivência nos sertões secos e miseráveis do Nordeste. Obteve inúmeros prêmios no Brasil e no exterior, entre eles o Prêmio do Grande Coral ( 3º prêmio) em Havana (Cuba) e o Prêmio Cittá del  Vasto (Adventure Film Festival), na Itália. Entre os muitos festivais internacionais de que participou, destacam-se: Toronto, Trieste, Toulouse, Nantes, Pal Springs, New Delhi, Chicago e Ankara.

Texto: Asscom Sedac

Nenhum comentário:

Postar um comentário