O Jornalismo Que Eu Desconheço
Direito de resposta publicado no Jornal Correio Centro Sul
A agressão que venho recebendo do veículo Correio Centro-Sul, desempenhando o papel que no Brasil é conhecido como imprensa marrom, me entristece. Principalmente, quando se sabe da luta dos jornalistas no Brasil e na América Latina na busca de um status profissional e regulamentação, enfrentando vários degraus de atrito na sua caminhada pela sobrevivência e pela afirmação.
Não sou político ou administrador que fecha a porta ao repórter, muito pelo contrario: a bandeira que sustento é a da transparência, da apropriação do discurso de cidadania por cada indivíduo. Penso que o jornalismo é uma importante contribuição à consciência cívica e as instituições democráticas. Digo o jornalismo e não o que vem veiculando o Correio Centro Sul.
Não são necessários grandes conhecimentos na área para saber que um verdadeiro profissional de comunicação deve informar-se aquém e além do tema que aborda, que deve ouvir o maior número possível de envolvidos: só assim se assegura que a informação venha servir de interesse público.
Malefícios, injuria, difamação e procedimentos antiéticos para mim já não é jornalismo. Não é jornalismo quando os fatos e posições são propositalmente omitidos, distorcidos ou parcialmente divulgados para levar o leitor ao erro.
Na matéria veiculada no dia 11 de outubro de 2011, página 06, matéria de capa acompanhada de imagem depreciativa e distorcida da realidade de nítido potencial lesivo à imagem e honra do homem público que sou, extrapolando os limites da liberdade de expressão, em nenhum momento demonstrou à comunidade que aqueles valores foram “embolsados”, eis que jamais utilizados para fins próprios, mais sim usado com o fim específico de trazer recursos ao município, como de fato Dom Feliciano obteve, conforme quadro descritivo, a maior captação de recursos a fundo perdido de toda sua história, somando mais de SEIS MILHÕES DE REAIS. Interessante seria a Câmara de Vereadores,por exemplo, também demonstrasse a população quais os benefícios trazidos para a comunidade com os mais de noventa mil reais gastos em diárias pelos Nobres Edis.
Contra a pratica deste tipo de jornalismo temos que agir todos nós. Há o recurso do processo judicial que evitamos recorrer até agora, mas que teremos que apelar, porque as informações tendenciosas estão a desvalorizar todo o trabalho construído ao longo de dois anos e meio com seriedade e idoneidade, como mostram os pareceres do tribunal de Contas do Estado. Um trabalho sempre aberto a critica e participação popular.
Minha pessoa foi ferida por sentenças categóricas e falsas. Nada mais nos resta senão recorrer ao Poder Judiciário contra o órgão difamador a fim de que o mesmo responda pelo seu jornalismo inconseqüente. “Doa a quem doer”.
Clenio Boeira – Prefeito de Dom Feliciano e Presidente da Acensul
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