Chegaram ao mandato do Vereador José Carlos Copes (PT), algumas denúncias anônimas de que haveriam irregularidades na Escola Municipal de Ensino Fundamental Osvaldo Aranha, a maior do município contabilizando mais de 1.000 alunos nos turnos manhã, tarde e noite, de que haveriam professore não habilitados em sala de aula e de que a mesma instituição encontra-se em péssimas condições, estando deficitário o atendimento da equipe de manutenção. Na fala do Vereador no ouvido do plenário semana passada ele ressaltou "[...] estou encaminhando a denúncia para a comissão de educação desta casa para que se averigue as denúncias aqui relatadas, e acredito estar assim cumprindo meu dever de fiscalizar o executivo." (José Carlos Copes). O encaminhamento da sessão da Câmara de Vereadores foi que a comissão de educação da casa executasse uma diligência na escola para averiguar as denúncias e convidasse a secretária para que pudesse receber o relatório da comissão.
Entretanto a Secretaria de Educação de Camaquã, Marisa Albuquerque (em destaque na foto de branco), em entrevista em uma rádio local, usou de forma desmedida o telefone e deu por entender que depredações sofridas pela escola eram consequências de dois fatores, má gestão da direção e também vandalismo da própria comunidade.
Durante a semana, a comissão de educação visitou a escola, analisando as dependências e conversando com os trabalhadores daquele educandário, referenciando todas as denúncias levantadas e aprimorando outras que por decorrência da situação puderam ser identificadas.
Na sessão da câmara de ontem (27) o Vice-presidente da Associação de Moradores do Bairro Viegas, Marco Longaray, fez uso da tribuna popular e rebateu com veêmencia algumas declarações de Marisa Albuquerque Secretária de Educação, principalmente as que alegavam a depredação da escola por parte da comunidade, e apresentou as solicitações de melhorias apresentadas ao Prefeito Molon (PMDB) nos anos anteriores onde se incluiam a escola, além de um conjuntos de fotos que comprovam que os principais danos foram causados pela ação do tempo, e argumentou que a última reforma da escola aconteceu no ano de 2006. O dirigente comunitário chamou a atenção para a responsabilidade política da Secretária que deveria melhor considerar sua posição ao acusar a comunidade, e que escola não deve ser compreendida para ter lucro, e sim qualidade de ensino e prática de cidadania.
A sessão da câmara ainda traria mais agitação na área educacional do município, um projeto que reorganiza o transporte coletivo que passa no interior por conta da redução de custos, faria com que algumas crianças de determinada localidade caminhassem em média até dois quilômetros para terem acesso ao transporte escolar, levando inúmeros país a câmara, conjuntamente com pessoas do bairro Viegas onde se localiza a Escola Osvaldo Aranha, alvo da suposta denúncia e parte dos cargos de confiança que acompanhavam a Secretária, contudo por 6 votos da situação favoráveis e 4 contrários da oposição, infelizmente o projeto foi aprovado. Contudo em sua fala o Vereador Copes (PT) ressaltou "[...] muito me admira essa redução de custos, encurtando o trajeto do transporte escolar, já que vocês aqui presente verão daqui a pouco em meu ouvido do plenário, o uso desse mesmo transporte para realizar festinhas em outro lugares em pleno expediente de trabalho."
A bomba já estava lançada, e o vereador petista não exitou e acrescentou no ouvido do plenário outra denúncia que chegara em seu gabinete reltando uma festa da Secretaria de Educação de Camaquã no último dia (17) em um hotel fazenda utilizando transporte escolar, enquanto em sua fala o vereador enfatizou "[...] neste mesmo dia a prefeitura divulgou que alguns setores estavam reunidos para seminário de capacitação do governo organizados pela Secretaria da Fazenda, e que os membros responsáveis pela SME estavam confraternizando, existem aqui dois pesos e duas medidas as escolas precisam cumprir rigorosamente os seus 200 dias letivos e avisar a SME em qualquer outra ação que possa vir ocorrer um provável fechamento, e já SME nem avisa as escolas. Não há problema na confraternização, mas a mesma não pode ocorrer em horário de trabalho."
Neste momento o plenário se manifestou a favor da manifestação e contra a mesma, mas os encaminhamentos forma a averiguação destas denúncias e também uma reunião da comissão de educação com a direção da Escola Osvaldo Aranha e a SME.
O que entendo por isso tudo, é que por mais banco de horas que se possa ter é que inadimissível fechar uma repartição pública para confraternizar em pleno horário de expediente, e acho que os fatos falam por sí.
Foto: Câmara de Vereadores de Camaquã
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