quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Conquista de Uma Igualdade Histórica e Irrefutável

Texto escrito pelo meu amigo Claiton Silva do blog Desarticulado -  www.desarticulado.wordpress.com após a primeira vitória da final, com réplica do comentário de José Eduardo Pacheco, Amigo Gremista. Uma Homenagem aos colorados, bem vindos ao seleto grupo dos Bi - Campeões da América.

Para aqueles que, como eu, nasceram no início da década de 80 e hoje beiram os 30 anos, ser colorado significa muito. Significa ter passado a infância e a adolescência representando uma parcela desolada da comunidade futebolística gaúcha. Uma parcela que vivia observando de perto a alegria e as vitórias do maior rival. Tudo que eu sabia era que meu time havia tido glórias na década de 70 suficientes para colocá-lo entre os maiores, mas isso não servia. Eu não havia presenciado tais momentos, apenas torcia, com muito amor e respeito pelo me time.
Óbvio, houveram conquistas nesse meio tempo. A Copa do Brasil que temos no currículo não pode ser esquecida, é claro. Mas esse é o torneio do coirmão. A segunda taça mais importante do país é de domínio total da tribo azul da Azenha. Os três Brasileiros estavam muito distantes. Os Gauchões são motivos de alegria, mas não reluzem da mesma maneira em uma sala de troféus.
Ainda faltava alguma coisa.
Eis que na segunda metade desta década, fui presenteado com a jornada mais vitoriosa da história do meu clube. Conquistamos a América e o mundo. Junto a isso, somaram-se os títulos da Recopa e da Copa Sul-Americana. Então eu era feliz, completo como torcedor, e poderia transmitir aos jovens, mais tarde, as mesmas histórias que foram passadas quando criança.
Ontem, em Guadalajara, após um semestre de extrema oscilação de emoções, resultados e atuações, o caminho para a igualdade foi aberto. Faltam agora 90 minutos para que o Sport Club Internacional conquiste pela segunda vez a América. Falta uma semana para que 50 mil colorados lotem o Gigante da Beira-Rio e empurrem o seu time rumo a mais uma conquista expressiva e merecida. Desta vez não há o que falar. Pegamos argentinos, pegamoas os atuais campeões, os bambis novamente, e viajamos até o outro lado da linha do Equador para, em plagas distantes, mostrarmos tudo aquilo representamos.
Boa sorte meu Inter, que a conquista desta igualdade histórica e irrefutável elimine qualquer sombra de dúvida e acabe com qualquer argumento que possa ser utilizado para diminuir um clube de tamanha expressão. Que chegue logo dezembro! E que os gramados dos Emirados Árabes sejam tão generosos quanto os de Yokohama.


José Eduardo Pacheco

E aí meu amigo? Velho amigo….
Eu, como testemunha ocular do seu sofrimento nos saudosos anos 80/90, como rival futebolístico indiscutivelmente e como torcedor incondicional (ainda com muito orgulho) do seu eterno desafeto da azenha, cito Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, o IMORTAL TRICOLOR, não pude deixar de expressar meu sentimento.
Hoje, mais maduro e já carente do acalorado ímpeto com o qual costumávamos discutir sobre as questões do futebol em meio a intermináveis partidas de futebol de mesa, na aurora da nossa adolescência, posso finalmente render-me, pedir trégua, pedir água, talvez uma cerveja ou duas, e dizer que no mínimo o GIGANTE da beira do rio acaba de emparelhar o páreo. E talvez avance de uma cabeça a um corpo de diferença, e acabe por se tornar, mesmo que momentaneamente, o clube mais vencedor do sul do Brasil.
É sem dúvida um momento histórico.
Mas o páreo é longo… e duro… e não tá morto quem peleia!
A rivalidade GRE-NAL não cessa.
Ainda que esse clube mexicano tivesse uma chance em dez, um jogo para reverter a vantagem do Internacional, um jogo em 10 jogos, se bastasse a eles uma glória em 10 oportunidades, ainda assim eles estariam fadados ao fracasso. Nunca mais… acabou.
O Inter é Bi-campeão da Libertadores da América.
Parabéns aos colorados.
Bons ventos aos gremistas.
Que a figura lendária de Renato Portaluppi possa trazer algo de bom ao tricolor gaúcho.
Abraço.
JUZÉ

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