Na terça-feira, 22 de maio às 19hs na Câmara de Vereadores de POA.
A Câmara Municipal de
Porto Alegre aprovou, na sessão desta segunda-feira (7/5), o projeto de
lei que concede o título de Cidadã de Porto Alegre à médica psiquiatra Olga Garcia Falceto.
A homenagem foi proposta pela vereadora Sofia Cavedon (PT), que destaca
a contribuição de Olga “para a construção coletiva de um mundo novo,
intercedendo na saúde e na qualidade de vida das pessoas, especialmente
das famílias em situação de risco”.
Sofia lembra que Olga nasceu em Paris
em 1949 de pais exilados políticos da luta anti-franquista na Espanha. O
pai, Celedonio, foi morto ainda em 1949 pela polícia do ditador Franco.
Sua mãe, Remedios, chegou ao Brasil em navio fretado pela Organização
das Nações Unidas para trazer refugiados políticos espanhóis. Na época,
Olga tinha três anos. Em 1967, já estudante de Medicina na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), naturalizou-se brasileira.
Como atesta Sofia, a homenageada fez
mestrado e doutorado em Medicina na Ufrgs e hoje é professora e
coordenadora geral e de pesquisa do Instituto da Família de Porto
Alegre, chefe do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da
Faculdade de Medicina e professora associada Ufrgs. Olga também tem
experiência em Psiquiatria da Infância e da Adolescência.
Segundo Sofia, nas atividades na área
de Psiquiatria Comunitária e Social, Olga contribuiu com a constituição
de um grupo de pesquisas, na década de 1980, para estudo de casos de
abandono de crianças. No final da década de 1990, começou parceria com o
Grupo Hospitalar Conceição e o Instituto da Família de Porto Alegre
para estudar os fatores psicossociais relacionados com o desenvolvimento
de crianças, adolescentes e suas famílias, com foco inicial nos fatores
que contribuem para a manutenção do aleitamento materno. “Esse projeto
foi importante na formulação e na execução do Programa de Saúde da
Criança do Serviço de Saúde Comunitária do GHC", afirma Sofia.
Na área de projetos, conforme Sofia,
Olga desenvolveu o projeto da Rede Colaborativa de Saúde Mental e da
Justiça (2002), que, por meio de um fórum de discussão, focou nos
problemas gerados pelas internações por ordem judicial. Em 2011, a
médica coordenou o projeto Viver Melhor na Escola, uma consultoria
multidisciplinar nas escolas da área de abrangência da UBS Santa
Cecília, que teve por objetivo o desenvolvimento de intervenções para a
solução de conflitos entre direção, professores, funcionários, alunos,
pais e comunidade.
Fonte: Esquerda Democrática (Corrente Interna do PT/RS)
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