segunda-feira, 30 de março de 2009

Fim do 0800 da saúde camaquense

É assim simplesmente mudou, esta é a lógica impregada pelo Prefeito Ernesto Molon em Camaquã em relação à saúde, o telefone público 0800-645-540, agora virou um 153 pago, e como ficará a população mais carente que não poderá pagar o custo desta ligação? Já que as consultadas marcadas eram de especialidades médicas, e é onde a população de baixa renda tem mais necessidade e menos acesso.
E a gratuidade da saúde como direito constitucional como fica? Contribuintes que não podem pagar, como ficarão, sem as consultas? Perguntas existem respostas, e respostas sérias e coerentes, por que a saúde é vida, e com a vida das pessoas não se brinca.
E para ilustrar a complexidade deste fato vamos a seguinte situação: como fica a pessoa que conseguiu ser atendida a sua ligação, mas não conseguiu a ficha, pagará a conta de um serviço que não obteve? quanto será o custo dessa ligação? A insistência no sistema e as caídas de linha serão pagas? é a coisa não parece tão simples assim.
Assim, um fator já se torna evidente, gabinetes dos vereadores assistencialista, cada vez mais se abarrota de pessoas que por uma deficiência política do gestor do município que visa economizar 7 mil reais mensais e favorece um tipo de política assistencialista.
Será isto "mais por camaquã"? Ou mais para quem?
Como diz uma propaganda famosa, tá na hora de rever seus conceitos Molon.

Maluf e Yeda juntos

Comentário do deputado federal Paulo Maluf (PP), acusado de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, sobre a governadora Yeda Crusius (PSDB), em entrevista ao jornal O Pioneiro: "Confio 100% na honestidade da governadora"
“Vou ser muito claro: confio 100% na honestidade da governadora Yeda. Eu também fui governador e sei que quem chega a ser governador ou presidente está escrevendo a sua biografia. Ninguém chega num cargo desses pretendendo fazer irregularidades. Se as pessoas não têm defeito quando chegam num cargo público, a oposição inventa. Eu acredito na honestidade da governadora, foi uma boa ministra do Planejamento no governo do Itamar, e tenho certeza de que ela tem uma história de luta. A mulher gaúcha é muito valorosa, e acho que ela vai vencer com uma administração correta, competente como está fazendo, sem as acusações mentirosas que a oposição faz a ela”.
Acho que agora não precisa dizer mais nada, já sabemos quem é a inspiração de Yeda. Este é o novo jeito de governar.

Agora é Tarso e Dilma

Sem sombras de dúvidas, o Partido dos Trabalhadores devem optar por essa dobradinha, no RS o nome de Tarso Genro, Ministro da Justiça, se consolida cada vez mais, e no Brasil Dilma Rousseff é mais que confirmada pelo partido para o próximo pleito.
A Tendência Interna Esquerda Democrática, do Deputado Federal Henrique Fontana e da Deputada Estadual Stela Farias, reunida no último sábado definiu o apoio a Tarso e Dilma respectivamente em reunião na Assembléia Legislativa.
As pesquisas já refletem isso, com Dilma crescendo fortemente nas intenções de voto e a popularização, e no RS, Tarso aparece na frente superando a própria governadora do estado Yeda Crussius, que tem uma das piores aprovações de todos os governadores.
As dúvidas daqui pra frente se valem das coligações que cada partido devem articular, e ai sim isso pode se desenhar e definir os cenários.

quinta-feira, 26 de março de 2009

"Fora Yeda" gritam estudantes

Ato "Fora Yeda" realizado hoje em Pelotas (Foto: Jurandir Silva)

Centenas de estudantes de escolas públicas e universidades de Porto Alegre devem reunir-se nesta quinta, 26, dia do aniversário de Porto Alegre, às 10h, na Praça Argentina. Os estudantes, que fazem parte do movimento intitulado “A volta dos Caras-Pintadas – Ella não pode continuar” vão exigir a saída de Yeda Crusius do governo do Estado. Conforme Rodolfo Mohr, um dos líderes do movimento e integrante do DCE da UFGRS, é necessário que os estudantes apresentem uma solução para a crise política do Estado.

“Na nossa opinião, a solução é a saída da governadora”, afirmou. Para Juliano Medeiros, representante da UNE, além de exigir a saída da Yeda, o ato tem o objetivo de “denunciar a governadora e pedir apuração das denúncias de corrupção”. A expectativa dos organizadores é reunir cerca de mil manifestantes.

O movimento deve sair da praça em caminhada até o Palácio Piratini. Os estudantes pretendem entregar aos líderes do governo a “Carta à Sociedade Gaúcha”, assinada por mais de 20 entidades estudantis de todo o Estado, em que denunciam a política de desmonte da educação no Estado e o envolvimento do governo em casos de corrupção, pedindo o “Fora Yeda”. A carta havia sido apresentada ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ivar Pavan, no dia 5 de março, quando foi lançado o movimento dos Caras-Pintadas.

O ato que acontece amanhã em Porto Alegre foi precedido por duas manifestações do movimento no Estado. Em Pelotas, cerca de mil estudantes e ativistas de movimentos sociais fizeram caminhada pelas principais ruas da cidade na manhã desta quarta. O ato encerrou em frente à 5ª Coordenadoria Regional de Educação, onde os manifestantes entregaram aos representantes do governo a carta à sociedade gaúcha. Para a tarde de hoje está prevista também manifestação em Santa Maria.

Estudantes tiveram audiência com OAB

Na manhã desta quinta uma comitiva formada por quatro integrantes do movimento dos Caras-pintadas do RS foi recebida na sede da OAB pelo coordenador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem, Ricardo Breier.

Os estudantes pediram a Breier que a OAB acompanhe a manifestação desta quinta e seus possíveis desdobramentos, para garantir a liberdade democrática e a integridade física dos participantes . “O movimento está sentindo na pele a repressão da Brigada, que não é mais exceção. A repressão tem sido uma constante: assim foi no ato dos estudantes contra o aumento das passagens, na greve dos bancários e nas manifestações do CPERS. O que a gente está vendo é a escassez das garantias democráticas no Estado”, afirmou Mohr durante a reunião.

Para Breier, o tema é inédito na Ordem. “A OAB atua quando é provocada, até agora não fizemos nenhuma ação preventiva, é um fato novo”. Ele afirmou que vai levar o tema para reunião interna da Comissão de Direitos Humanos, e garantiu que a Ordem estará atenta à mobilização. Participaram da reunião Rodolfo Mohr e Adrian Dallegrave, estudantes da UFRGS, Juliano Medeiros, diretor da UNE e Rafael Lemes, representando a Federação Nacional dos Estudantes de Direito, FENED.

Também ocorreu um ato "Fora Yeda" em Santa Maria nesta quarta-feira. O jornalista Fritz Nunes relata:

Ato realizado hoje em Santa Maria (Foto: Fritz Nunes)

Cerca de 150 pessoas, em sua maioria estudantes e professores, participaram do ato de lançamento do Fórum Popular da Educação Pública Gaúcha, na praça Saldanha Marinho, centro de Santa Maria, no final da tarde desta quarta, 25. A atividade acabou se tornando um protesto contra o governo estadual. Dezenas de faixas e cartazes registraram em letras grandes o “Fora Yeda”. Pelo menos 15 entidades estavam representadas no protesto, conforme os organizadores. Entre essas, o 2º Núcleo do Centro dos Professores (CPERS), o DCE, a CUT, a Conlutas, o Movimento Nacional de Luta Pela Moradia e partidos de esquerda. Até os estudantes “cara-pintadas” reapareceram durante a manifestação no centro da cidade.

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Contribuição do blog Caras-pintadas

Seminário de Políticas Públicas de Juventude

A Secretaria Estadual da Juventude do PT e a Secretaria de Relações Institucionais do PT/RS realizarão na cidade de São Leopoldo, durante os dias 4 de abril, um Seminário sobre Políticas Públicas de Juventude e no dia 5 de abril, a Direção Estadual da JPT/RS realizará o Planejamento das atividades da Juventude Petista até o ano de 2009.

O Seminário de Políticas Públicas de Juventude contará com a presença de representantes da Secretaria Nacional de Juventude do Governo Lula, demais dirigentes do Governo Lula que trabalham com o tema da juventude, jovens petistas gestores municipais de juventude, vereadores/as jovens e estudiosos/as da temática.

A idéia é refletir sobre o processo de construção e implementação das políticas públicas de juventude no Brasil ao longo dos anos, a política do Governo Federal e as possibilidades e experiências de uma política municipal de juventude.

O seminário é voltado para petistas gestores de juventude nas administrações municipais, vereadores / as jovens, dirigentes da juventude do PT e a militância em geral envolvida com a temática.

No dia 5 de abril, domingo, a Juventude Petista estará realizando a reunião do Conselho Estadual da JPT (Secretários Municipais, Coordenadores da JPT nos municípios e Direção Estadual da JPT). Esta reunião fará o Planejamento da Direção Estadual da JPT o qual deverá sistematizar as grandes ações, tarefas, campanhas e atividades da JPT para 2009.

Seminário sobre Políticas Públicas de Juventude

Programação:

04/04 - Sábado

Manhã
9h – Abertura
9h30min – I Mesa: Concepção, panorama e cenário da formulação das políticas públicas no Brasil

Tarde
14h - II Mesa: A política de juventude na esfera federal: Executivo (SNJ) e Estatuto Nacional de Juventude

16h – III Mesa: Possibilidades e desafios de uma Política Municipal de Juventude

Encerramento

Informações Básicas:
- Público Alvo: petistas gestores de juventude nas administrações municipais, vereadores/as jovens, dirigentes da juventude do PT e a militância em geral envolvida com a temática.
- Local: Cidade de São Leopoldo – Câmara de Vereadores
- Alimentação no dia 4/04: por conta de cada um.

Reunião do Conselho Estadual da JPT/RS (Direção Estadual da JPT, Secretários e Coordenadores Municipais da JPT/RS)

Programação:

05/04 – Domingo

9h – Abertura
9h30min – Mesa: Os Desafios e as lutas da juventude para o próximo período.

11h - Debate

14h – divisão de grupos: 1) Organização e Comunicação da JPT; 2) Ação de Massas da JPT (movimentos e lutas sociais); 3) Ação Institucional da JPT; 4) Formação Política da JPT. 5) Relações Internacionais

15h30min - Apresentação das tarefas e atividades levantadas por cada grupo

16h – debate e encaminhamentos

Informações Importantes:

- Público Alvo da reunião do conselho : Direção Estadual da JPT, Secretários e Coordenadores Municipais da JPT/RS;
- Local: Cidade de São Leopoldo - CEPA (Centro de Formação);
- Hospedagem e alimentação para público alvo: a partir do dia 04/04 à noite;

Custos Financeiros (hospedagem e alimentação)´

- Para membros da direção estadual: R$10,00
- Para Secretários/as e Coordenadores/as Municipais da JPT: R$15,00
- Demais pessoas (se houver lugar): 30,00

Contatos e maiores informações:

www..jpt.org.br/rs
juventude.ptrs@gmail.com
(51)9867-7416

Maurício Piccin

Secretário Estadual da JPT/ RS

Márcio Santos

Coordenador de Relações Institucionais da JPT/ RS

Márcio Espíndola

Secretário de Assuntos Institucionais do PT/ RS

NOTA PÚBLICA DO MNDH-RS

CONTRA A PRIVATIZAÇAO DAS PRISÕES:

O povo gaúcho não quer mais do mesmo!


"Um filósofo produz idéias, um poeta poemas, um pastor sermões, um professor tratados etc. Um criminoso produz crimes [...]. O criminoso não produz somente crimes, ele produz também o Direito Penal e, em conseqüência, também o professor que produz cursos de Direito Penal e, além disso, o inevitável tratado no qual este mesmo professor lança no mercado geral suas aulas como ‘mercadorias’. [...] O criminoso produz, além disso, toda a polícia e toda a justiça penal, os beleguins, juízes, carrascos, jurados etc. [...] Enquanto o crime retira uma parte da população supérflua do mercado de trabalho e assim reduz a competição entre os trabalhadores [...] a luta contra o crime absorve outra parcela dessa mesma população [...]. O crime, pelos meios sempre renovados de ataque à propriedade, dá origem a métodos sempre renovados de defendê-la e, de imediato, sua influência na produção de máquinas é tão produtiva quanto as greves"

Karl MARX. Teorias da Mais-Valia.

Trad. Vinicius Caldeira Brant em O Trabalho Encarcerado (1994, p. 31 e 36).



A proposta do governo do Estado do Rio Grande do Sul de privatizar o sistema prisional através de Parcerias Público-Privado para a construção e administração de novos presídios, saudada com loas por setores da sociedade gaúcha, não traz nada de novo. Aliás, é mais uma proposta do “tipo antigo”, repetindo a mesmice da cantilena que diz que se o setor público não resolve, basta entregar ao setor privado que, este sim, sabe o que fazer. É mais uma versão do neoconservadorismo que tem se espraiado pelo mundo, mesmo que já tenha se esboroado – basta olhar para a crise financeira e as soluções que são apresentadas para ela pelos governos dos países mais ricos.

É de conhecimento público que o sistema prisional está falido na sua função social de ressocialização. Nem a hipocrisia mais leviana consegue sustentar a máscara. Os presídios converteram-se, sim, e desde há muito, no que os velhos liberais e os novos conservadores já esperavam deles, locais para esconder o que é perigoso aos bons contratos sociais, só, nada mais! É também de conhecimento público que o Rio Grande do Sul ostenta um título nacional ultra-negativo: tem em seu território a penitenciária que apresenta as piores condições, o Presídio Central, conforme revelou a recentemente encerrada CPI do Sistema Prisional. É também conhecida a falta de ação do governo estadual para viabilizar a construção de novas unidades prisionais para fazer frente à superlotação, algumas das quais inclusive já contam com recursos disponibilizados, como é o caso do novo presídio de Passo Fundo, para citar somente um exemplo. Definitivamente, parece que o Estado do Rio Grande do Sul não tem uma política prisional. Poder-se-ia até dizer que o anúncio da privatização dos presídios soaria como declaração pública da ausência desta política. O fato é que, pelo contrário, o governo do Estado finalmente encontrou uma política para a questão prisional, abster-se de fazer política pública, entregar a responsabilidade pública à iniciativa privada.

A proposta não é nova, mesmo que venha sendo saudada inclusive por veículos de imprensa de ampla repercussão. Ela tem um DNA conhecido. Foi proposta no início dos anos 1980 pelos governos Thatcher e Reagan – quem não se lembra deles, pai e mãe das políticas neoliberais. Já foram largamente implantadas em vários países e inclusive em alguns Estados brasileiros. É uma proposta velha, no pior sentido do termo, do velho tipo! Aliás, já foi discutida inclusive no âmbito do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), órgão do Ministério da Justiça encarregado da formulação de linhas diretrizes para a área, que propôs a adoção das prisões privadas no Brasil em janeiro de 1992 – tempos áureos do neoliberalismo. Laurindo Dias Minhoto alerta que, no Brasil, a proposta de privatização do sistema prisional “[...] resulta de um intenso lobby realizado por uma empresa brasileira de segurança privada, a Pires Segurança Ltda., destinado a transpor as prisões privadas para o contexto brasileiro, a partir da manipulação seletiva da ‘experiência estrangeira’ – sobretudo da experiência norteamericana – invocada como argumento de autoridade (Privatização de presídios e criminalidade. A gestão da violência no capitalismo global. São Paulo: Max Limonad, 2000, p. 92).

José Eduardo Cardozo, no Prefácio ao livro de Minhoto já referido (2000, p. 13) diz enfaticamente que: “Nesse contexto de reestruturação econômica, portanto, em cujo âmbito o mercado é quem passa a comandar o jogo, o acesso aos serviços essenciais não depende mais de políticas governamentais, mas de contratos privados de compra e venda firmados com base no que os consumidores podem ou estão dispostos a pagar numa troca livre. Desse modo, o que era basicamente um tema de direitos humanos ou de direitos sociais é convertido numa questão de caráter meramente mercantil. Aprofundando o argumento: tudo – trabalho, terra e até seres humanos – acaba sendo reduzido ao conceito geral de mercadoria. Inclusive aqueles que, por terem transgredido as leis penais, foram condenados pela justiça”. Aliás, as palavras de Thomas Beasley, sócio fundador da privatização ilustram o que diz Cardozo e falam por si: “[...] a Corrections Corporation of America [CCA] foi estabelecida em 1983 para ‘resolver a questão penitenciária e fazer um bom dinheiro’” A empresa, segundo seu catálogo promocional, propõe-se a: “aliar os padrões mais elevados da penitenciária aos princípios comprovados da livre iniciativa” (citado por Mignoto em As prisões do mercado (Revista Lua Nova, n. 55-56, 2002).

Segundo Minhoto, em artigo já referido (2002): “[...] o experimento concreto norte-americano e britânico tem demonstrado que as prisões privadas não vêm prestando serviços necessariamente mais baratos nem tampouco mais eficientes, reproduzindo os problemas estruturais que atravessam o sistema penitenciário público tradicional. Uma longa lista de práticas ineptas pode ser detectada nos dois contextos”. Ele também alerta que a “[...] reedição high-tech do panopticon benthamiano, sob o acicate da lógica da mercadoria, tende a colocar em questão alguns dos traços centrais do Estado de Direito, tais como o monopólio estatal do uso legítimo da força e o fundamento eminentemente público do poder nos regimes democráticos, dando lugar a objeções de ordem jurídica, política, ética e simbólica”. Ora, por que achar que o que não deu certo lá pode dar certo aqui!

Assim, o Movimento Nacional de Direitos Humanos no Rio Grande do Sul (MNDH-RS) manifesta seu repúdio à proposta de privatização do sistema prisional, conclama à sociedade e suas organizações democráticas a se manifestar contra a proposta, cobra das autoridades encarregadas de promover o Estado Democrático de Direito que também reajam ao descabido da proposta e espera que o governo estadual apresente uma proposta consistente, permanente e de caráter efetivamente público para fazer frente à grave crise do sistema prisional. O MNDH-RS não quer mais do mesmo!

Porto Alegre, 20 de março de 2009.

Coordenação Estadual do MNDH-RS


Vem ai 12° Moto Lagoa

O Moto Lagoa, chega a sua 13° edição em São Lourenço do Sul, de 27 a 29 de março no largo Professora Laura Abreu, com uma expectativa de público em torno de 20 mil pessoas que serão recepcionados com boa música, comes e bebes.
A inscrição para o Moto Lagoa custa R$ 30,00 e inclui jantar, camiseta e bandana, com shows e muita provas de risco sobre caminhões e motoqueiros.
Então um encontro de motoqueiros é a boa pedida para o final de semana.
Aos nobres motociclistas peço desculpas pela gafe ao falar em motoqueiros.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Eis o resultado!

Clique na imagem.

Outro duro golpe

O Brasil-PE, sofreu ontem um duro golpe ao perder a partida no campeonato gaúcho, o clube decretou matematicamente o seu rebaixamento para a segunda divisão. De fato este não foi o ano para o Xavante, que após dois meses da tragédia que vitimou dois jogadores e o preparador de goleiros num acidente de ônibus uma semana antes de iniciar o campeonato, sofre mais esta decepção.
O xavante não conseguiu se reerguer mesmo levando o renomado técnico Claudião, e jogadores da dupla grenal, é lamentável, mas ano que vem o xavante estará na segundona, o Brasil-PE sequer ganhou neste campeonato.
Mas o momento agora é de reaglutinar as forças e organizar o ano de 2010, para que seja diferente. Boa sorte Brasil-PE

sábado, 21 de março de 2009

Koutzii é anistiado pela União

Militante da luta contra a ditadura no Brasil e na Argentina, onde foi preso e torturado, o ex-deputado estadual Flavio Koutzii (PT), 65 anos, teve a anistia política reconhecida pela União e receberá uma pensão mensal de R$ 2 mil.
De acordo com ato do ministro da Justiça, Tarso Genro, publicado no Diário da União, Koutzii receberá R$ 176.033,33 referentes ao pagamento da pensão retroativo a 2001, e o direito de validar no MEC o diploma de mestre em Sociologia na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales, de Paris.
Nos anos de 1960, quando estudava Economia na UFRGS, Koutzii participou da fundação do Partido Operário Comunista (POC). Perseguido pela ditadura militar, deixou o país em 1970. Passou pelo Chile e pela França até estabelecer-se na Argentina, onde ficou até 1979, após cumprir quatro anos de prisão. A volta definitiva ao Brasil só ocorreria em 1984, depois de nova passagem pela França.
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Contribuição feita pela Assessoria do Deputado Federal Henrique Fontana

quinta-feira, 19 de março de 2009

Nasce a UFFS


O presidente Lula assinou ontem (16/07/08) projeto de lei criando a Universidade Fronteira do Sul (UFFS), que será encaminhado ao Congresso. A instituição deverá beneficiar 3,7 milhões de habitantes do Norte do Rio Grande do Sul, Oeste de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná. A expectativa é criar 30 novos cursos e atender cerca de 10 mil estudantes de graduação, mestrado e doutorado. Os cursos devem abranger as áreas de tecnologia, agricultura familiar, licenciatura e saúde popular.

A intenção é promover o desenvolvimento da região, atender aos municípios que possuem baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e ajudar o processo de integração dos países do Mercosul.

A UFFS funcionará com estrutura multicampi. Sua sede será em Chapecó (SC) e inicialmente terá quatro campi: em Cerro Largo e Erechim, ambos no Rio Grande do Sul; e nos municípios de Laranjeira do Sul e Realeza, Sudoeste do Paraná. Serão necessários 500 professores, 108 técnicos administrativos de Nível Superior e 232 de Nível Médio para o pleno funcionamento da universidade. Para o custeio e o pagamento de salários, é estimado investimento anual de R$ 194,5 milhões.

De São Lourenço do Sul para a Colômbia

Zelmute Oliveira está em Cartagena das Índias, Colômbia, para ser um dos conferencistas sobre um encontro que trata dos temas de Desenvolvimento Sustentável, Gestão Regional e Turismo.
Sua atuação destacada na Prefeitura Municipal de São Lourenço do Sul, faz do Secretário Municipal de Turismo, Indústria e Comércio e Presidente da AD Costa Doce, um referencial nessas áreas e envolve diversas ações e recursos que diariamente chegam ao município por força de sua articulação.
Quem ganha com isso, é a região da Costa Doce e principalmente São Lourenço do Sul que conta com o seu trabalho.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Agora é grampos e chantagem no governo Yeda

Demitido esta semana pela governadora Yeda Crusius (PSDB), o ex-ouvidor da Secretaria de Segurança Pública, Adão Paiani, denunciou o uso de escutas ilegais para pressionar e chantagear políticos. O esquema funcionaria na própria Secretaria e contaria com a participação de integrantes do governo. Paiani entregou CD com gravações à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e disse que elas podem configurar crime eleitoral, crime contra a administração pública, favorecimento e violação do sistema de consultas da Secretaria de Segurança.

Paiani reuniu-se com representantes da seção gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para discutir o tema. “O Guardião hoje está sendo usado de forma totalmente indevida e ilegal. Isso as pessoas há muito tempo sabem, mesmo que neguem publicamente, mas têm medo ou não têm condições de provar isso, coisa que agora eu tenho”, declarou.

Yeda diz que perdeu confiança no ouvidor
Ao tomar conhecimento das denúncias feitas pelo ex-ouvidor da Secretaria de Segurança Pública, Adão Paiani, a governadora Yeda Crusius disse que “perdeu a confiança no ouvidor”. “Venha apresentar (essas denúncias) pra dentro, não pra fora. Uma linha Protógenes. A função dele era ouvir. Me surpreendeu muito. Nestes dois anos depositei total confiança nele”.

Adão Paiani, por sua vez, disse que tentou falar com o governo, mas não foi recebido. “O centro de governo já não me atendia nas duas últimas semanas”, afirmou. Esse período coincide, segundo as declarações do ouvidor, com o fato dele ter recebido provas da realização de escutas ilegais para chantagem política. Segundo Paiani, essas provas chegaram às suas mãos depois do Carnaval.

Gravações podem configurar vários crimes

O ex-ouvidor da Secretaria de Segurança Público entregou um CD com gravações de escutas telefônicas à direção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Porto Alegre. As gravações, que teriam sido realizadas sem autorização judicial, envolvem integrantes do próprio governo e prefeituras. Paiani disse que elas trazem elementos que podem configurar crime contra a administração pública, favorecimento, tráfico de influência, crime eleitoral e violação do sistema de consultas da Secretaria de Segurança. A OAB anunciou que analisará o material neste final de semana e se pronunciará na segunda-feira.

O líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, deputado Elvino Bohn Gass, classificou de extremamente graves as denúncias apresentadas pelo ex-ouvidor. “A situação é estarrecedora e revela que, além de estar atolado em denúncias de corrupção, o governo opera no submundo, provavelmente, com o intuito de promover chantagem contra seus próprios integrantes. Se fazem isso com integrantes do próprio governo, é possível imaginar como agem com os adversários políticos”. Bohn Gass anunciou que a bancada do PT levará o caso à Polícia Federal. Para ele, é preciso buscar o auxílio de um órgão externo para esclarecer os fatos denunciados por Adão Paiani.

A deputada Stela Farias (PT) protocolou uma solicitação para que o ex-ouvidor seja chamado à Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa para explicar as denúncias. “Estamos diante de uma ilegalidade gravíssima praticada pelo governo, que compromete o sistema de segurança no Rio Grande do Sul. É preciso que a Assembléia busque os esclarecimentos necessários sobre mais esta denúncia contra o governo Yeda”, justificou.
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Contribuição feita pelo Prof° João Carlos Ritter

Conta de água mais cara

Essa é uma previsão quase infálivel de se fazer, pelo menos este foi o sentimento ao término da audiência pública da Corsan na Câmara de Vereadores de Camaquã. O aumento pode ser de até 50% no valor da conta dos camaquenses, tal fato ocorrerá em decorrência de que o esgoto do município nunca foi tratado e assim jogado a deu dara, agora com a nova lei federal de saneamento básico, isso não pode mais acontecer, outro fator que impossibilitava a Corsan de fazer este tratamento era que a concessão era somente de abastecimento de água e não comportava tal função a ser executada pela empresa estatal.
Embora a maioria das cláusuluas do contrato referem-se ao plano municipal de saneamento básico, ele sequer saiu do papel, ou pior, sequer existe um rascunho, tanto é verdade que o Vereador José Carlos Copes desafiou em audiência pública que algum menbro do legislativo ou do executivo o apresentasse o plano para melhor averiguar a proposta de prorrogação de concessão para a Corsan por mais 25 anos, e assim o silêncio se fez.
Copes afirma que é favorável a manutenção da concessão para a Corsan, por se tratar de uma empresa pública estatal, e que já presta um serviço relevante a comunidade, apresentando experiência e eficiência a população, mas ressalta que se a prefeitura não consegue dar conta da limpeza pública ou de casos isolados de falta de água que requer a intervenção do município, se eventualmente cogitasse assumir o comando das funções, enfrentaria grande problemas.
Nelson Devantier, vice prefeito do município que participou da reunião, demonstrou claramente a postura do governo Molon frente ao debate, calado e desatento, Devantier sequer interpelou ao departamento de relações instituconais da Corsan que apresentava os relatos sobre a instituição, serviços prestados e questões pertinentes aos contratos estabelecidos com outras cidades e Camaquã.

Suplente de Clodovil

A vaga do deputado Clodovil Hernandes na Câmara vai ser ocupada pelo coronel da reserva da Polícia Militar Jairo Paes de Lira (PTC), de 55 anos, segundo a Câmara dos Deputados. O ex-militar obteve cerca de 7 mil votos na eleição passada, mas se tornou primeiro suplente graças à votação expressiva de Clodovil, que teve quase 500 mil votos.
Assumidamente conservador e “linha-dura”, Lira disse, em 2006, ser "filosoficamente" a favor da pena de morte ("um remédio social") e contrário ao aborto ("a vida começa no momento da concepção"). Ironicamente, também se dizia contra a união civil entre homossexuais ("a Constituição é clara ao dizer que casamento é entre homem e mulher").
"Meu perfil é muito bem conhecido. Sou conservador, defendo a família, a pátria e a religião. Tenho um perfil duro, uma história dura na preservação da ordem pública", afirmou na época. Apesar do perfil conservador, o coronel dizia não ter atritos com Clodovil, assumidamente gay. "Isso é irrelevante. Ele concorreu e não só venceu, como os votos que ele teve provocaram a minha eleição. Não quer dizer que eu tenha de aderir. Respeito todas as pessoas. Todas as pessoas são filhos de Deus. O que não quer dizer que concorde com o modo de vida delas necessariamente"

Morre Clodovil

Após sofrer um AVC o Deputado Federal que trocou o PTC pelo PR, Clodovil Hernandez, veio a falecer. Clodovil ficou conhecido ao iniciar como estilista na TV e ao provocar inumeras polêmicas no meio artistico.
Clodovil, não foi diferente em plenário da Câmara dos Deputados, já na sua estréia solicitou silêncio em seu primeiro pronunciamento efez levar ao choro uma deputada petista ao qual chamou de feia, comprando uma briga como o movimento feminista, a poucos dias foi absolvido do processo que pedia a cassação de seu mandato por infidelidade partidária.
Clodovil era homossexual assumido e por ironia do destino, o seu suplente, é um militar com fama de conservador. Enfim Clodovil fará falta no folclore popular e algumas boas intervenções na Câmara, quando repudiou o elogio de Maluff e disse-lhe "Eu sou conhecido pelo meu trabalho, e não por minha safadeza politica".

segunda-feira, 16 de março de 2009

Audiência da Corsan em Camaquã

A audiência pública sobre a renovação da concessão do contrato de tratamento e distribuição de água com a empresa pública estadual Corsan, ocorrerá hoje na Câmara de Vereadores de Camaquã, às 16hs, onde será discutido prioridades e aplicações de prováveis recursos em tese de aprovação de contrato ou de municipalização.
O debate é de extrema importância, por que quaisquer que forem as medidas tomadas, terá relevâncias sobre o abastecimneto de água e o saneamento básico, se ocorrer a municipalização do serviço, a Corsan, que atende o município há mais de 40 anos, precisa ser indenizada sobre os investimentos ocorridos dest período.
Se ocorrer a renovação do contrato com a Corsan, por força da nova lei de saneamento básico, será implantada uma taxa adicional referente ao serviço que passa ser de decorrência de quem ocupa a função do tratamento de água.
Os termos da questão é complexa e cheia de meandros, que vai requerer uma ampla participação da comunidade camaquense, e uma atenção elevada dos senhores vereadores.
Fica a atenuante dúvida, qual a melhor saída, a municipalização ou a renovação de contrato?

sexta-feira, 13 de março de 2009

Reponte 25 anos

Há exatos 25 anos, no ano de 1985, acontecia em São Lourenço do Sul, a primeira edição do Reponte da Canção, festival que se tornaria mais tarde um dos principais eventos nativista do estado do Rio Grande do Sul.
Após o sucesso da primeira edição, foi construído o local que seria a sede da realização de todas as edições do festival, o Galpão Crioulo, construído de costaneiras e santa fé, situado no camping de São Lourenço do Sul.
O Reponte da Canção foi um dos poucos festivais do Estado que não teve interrupção, porém passou por algumas mudanças. Em suas últimas edições, a administração municipal fez investimentos que qualificaram o evento, entre elas, a abertura a artistas de paises vizinhos, o que enriqueceu o evento tonando-o uma mostra da musica lationamericana. Outra mudança significativa refere-se a captação de recursos através de projetos que garante a sustentabilidade do festival sem depender dos cofres públicos.
A partir da 17º edição a premiação divide-se em duas linhas: Campeira e Livre. Já na 22º edição o festival passou a receber também composições em língua espanhola, abrindo espaço para manifestações de todas as fronteiras do grande Pampa Gaúcho.
Considerado um dos mais conceituados Festivais pelo meio musical, traz a São Lourenço o melhor da música nativista e muitos visitantes que se encantam com as belezas naturais da Pérola da Lagoa.

São Lourenço em Dança
O 4º Encontro de Invernadas São Lourenço em Dança acontece paralelo ao Reponte da Canção e reúne 70 grupos integrando invernadas e CTGs e fomentando um ambiente agradável e familiar a todas as pessoas que participam do evento.
O Encontro de Invernadas valoriza a arte e a dança folclórica do Rio Grande do Sul, representada num belíssimo espetáculo, fazendo do evento um dos maiores espetáculos de dança da América Latina. Os participantes do Encontro ficam acampados junto ao complexo do camping municipal.

Diversas Atrações
Além das diversas atrações no galpão crioulo do camping, o evento trará shows junto à praça de alimentação que esta sendo montada para o evento. A Economia Solidária vem este ano com 12 pirâmides montadas para a exposição dos artigos criados pelos grupos de EPS, haverá ainda espaço para trabalhos de grupos de outros estados e municípios, como é o caso de Tubarão (Santa Catarina), Pelotas, Camaquã, Cachoeira do Sul, Piratini, Canguçu, entre outras cidades que estarão presentes no 25º Reponte da Canção.

CPI do Calçamento?

A frase proferida na última sessão da Câmara de Vereadores em Camaquã, feita pelo Ver. José Carlos Copes (PT) ecoou em alto e bom som "Aguardamos com ansiedade para esclarecer tudo isso. Senão vamos ter que iniciar o ano com a CPI do Calçamento".
O fato se deve porque moradores pagaram o calçamento diretamente com a empreiteira, orçando as despesas superior a R$5 mil reais, a qual a cobrança sequer deveria ter ocorrido. Pra piorar a situação o governo Molon enviou a taxa de contribuição de melhoria, tributo emitido quando a uma obra pública que valorize a localidade.
Assim uma nova lei que entrou em vigor a partir de 2008, dá conta que a gestão municipal de Camaquã deveria ter avisado antecipadamente os moradores do local, mesmo sabendo que não cumpria as exigências da lei, o governo do prefeito Ernesto Molon atribui a cobrança a lei de responsabilidade fiscal.
Moradores procuraram a prefeitura e Molon segue a orientação da sua Procuradoria Geral que exige a cobrança do tributo. Por isso Vereadores de oposição cobram a presença dos dois secretários Infraestrutura, Fazenda e da procuradoria do município para os devidos esclarecimentos.
A prefeitura parece inerente a questão da comunidade de ter que pagar duas ou mais vezes pelo meus serviço prestado, Molon não aprenta preocupação na solução dos problemas e a procuradoria se apega novamente em ditames para impor prerrogativas a população.

The Economist reconhece equívoco nas privatizações da era FHC

Matéria da revista inglesa The Economist publicada na semana passada reconhece o equívoco de um dos principais pilares do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB): a venda indiscriminada de empresas e bancos estatais. No texto, a publicação afirma que até há pouco tempo no Brasil acreditava-se que um fatores prejudiciais à economia brasileira seria a influência estatal no setor financeiro. Segundo a revista, entretanto, esse controle estatal é o que dá hoje ao País uma situação favorável perante os demais países e, diante da crise mundial, confere uma "situação favorável incomum ao Brasil". A matéria se refere à manutenção da gestão estatal, por parte do governo Luiz Inácio Lula da Silva, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituições financeiras líderes de empréstimos para empresas e que FHC tentou, sem sucesso, privatizar.
"Outros países estão tentando descobrir como alavancar bancos e direcionar o crédito para as necessidades identificadas. Isso é algo que o Brasil faz, inclusive quando não era 'moda'. Nos bancos privados, as exigências de depósitos e garantias para financiamentos os impediram de correr os riscos financeiros que acabaram por derrubar bancos na Europa e nos Estados Unidos. Até agora, o crédito do Brasil foi 'mordiscado', mas não 'triturado'", destacou o texto.

A matéria também sustenta que, na comparação com o passado recente e com outros países, a economia do Brasil está em boa forma. "O FMI prevê que somente os países em desenvolvimento na Ásia, África e Oriente Médio terão melhores resultados em 2009. Em comparação com o contexto anterior, no qual o Brasil sofria uma parada cardíaca a cada estresse de outras economias, isso é impressionante", diz o texto.

A matéria aponta ainda que as razões para a melhoria do crescimento do País estão fortemente atreladas à melhoria do nível da dívida do setor público, que foi um ponto fraco e agora se mantém abaixo dos 40% do PIB, e a outros fatores. "Os empréstimos em moeda estrangeira foram trocados principalmente por títulos em reais. Além disso, o País acumulou US$ 200 milhões em reservas internacionais para defender o real; seu déficit em conta corrente é pequeno e, o mais importante, a crise não está aumentando a inflação. Isso permite que o Banco Central reduza a taxa básica de juros da economia, permitindo um custo mais barato para a dívida pública. É a primeira vez que o Brasil adota uma política monetária anticíclica", afirma o texto.

Ao analisar a matéria, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) afirmou que o Brasil tem fôlego para enfrentar a crise mundial por conta da resistência contra a onda de privatização que aconteceu na América Latina. "Conseguimos, no Brasil, sustentar como oposição, e com ajuda da reação da sociedade, esse processo de liquidação do patrimônio público. Agora se descobriu, no auge da crise, que é preciso a presença do Estado e estão todos tentando estatizar bancos falidos. Ou seja, transferir recursos públicos para a iniciativa privada", afirmou.

Segundo ele, a privatização de empresas de energia e de telecomunicações no governo FHC teve consequências desastrosas. "Hoje nos deparamos com as maiores tarifas de energia elétrica do mundo e temos problemas com altas tarifas da comunicação por celular. Foram justamente as duas áreas privatizadas pelo governo anterior. O governo Lula conseguiu evitar a tragédia maior que teria sido a dilapidação da estrutura pública do Brasil".

Carta à governadora do Rio Grande do Sul sobre o Dia Internacional da Mulher

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Exma:
Sra. Governadora Yeda Crusius!

Escrevo-lhes, neste Dia Internacional da Mulher, como mulher e mãe, em nome de tantas mulheres e mães! Lutadoras em defesa da vida, estamos tomadas pelo sofrimento ao acompanhar, ao carregar em nossos braços nossos filhos, e sentir juntinho a eles, a dor e o pesadelo de quem luta em hospitais e clínicas de oncologia, para se curar de tumores, leucemias e os mais diversos tipos de câncer.

Sabemos estar comprovado cientificamente, que uma de suas principais causas está na forma pela qual o progresso, fruto da ganância humana, vem poluindo, destruindo e matando a vida, as espécies e a energia de nosso planeta. Os rios, a água, o solo estão contaminados. O ar poluído pela desenfreada fumaça das indústrias, pela destruição das matas nativas, em troca de extensas plantações de monocultivos. Os pássaros e animais de todas as espécies estão sendo exterminados.

Os salgadinhos, as salsichas, enlatados, transgênicos são colocados na mesa da grande maioria da população, no lugar do alimento, que vem da própria natureza e é produzido pelas mãos de mulheres e homens do campo. Referimos-nos à produção de alimentos saudáveis, que alimenta e cura: frutas, verduras, feijão, arroz e toda produção camponesa.

É com esse sentimento que somente pode medir quem vive e se encontra hoje nessa condição de milhares de mães, mulheres, vítimas da dor, que lhes escrevemos, evidentemente, insatisfeitas, e indignadas para somar com a multidão de vozes que protestam contra a sua conduta, que permitiu e determinou, amparo e defesa á empresa capitalista, multinacional, Stora Enso, nefasta para humanidade, para a natureza e para o planeta, que, amparada por um “interdito proibitório” conseguiu com a “justiça” a autorização da polícia para fazer despejo sem mandato judicial, em qualquer de suas áreas ocupadas.

Governadora! Sabemos quantos atos, fatos e acontecimentos em suas mais variadas formas, registros de tortura, massacres, prisões, assassinatos, mortes, constituem a síntese da violência praticada contra as mulheres, razão pela qual encontra seus principais fundamentos a origem do dia internacional da mulher. O contingente da Brigada Militar que agrediu, violentou centenas de mulheres, camponesas, trabalhadoras e mães, como aconteceu com a invasão de forma violenta no acampamento das mulheres da Via Campesina na Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul, por volta das 17h, nesta terça-feira, dia 03.03.2008, não produz hoje o mesmo efeito e significado da experiência vivida historicamente pelas mulheres que de uma ou de outra maneira, foram queimadas, torturadas, massacradas, presas, assassinadas, mortas, razões dos protestos no Dia Internacional da Mulher? Isso que está acontecendo, nesta semana, março de 2008, no seu estado, contra as mulheres e crianças camponesas, não será a violência institucionalizada que se perpetua no meio de nós? Será que essa multidão de mulheres, mães camponesas, com suas mãos calejadas e sonhos grandes, que deixaram suas casas, não estariam querendo lhes dizer e falar às autoridades, que a vida, dentro e fora de nossos lares, está ameaçada? E que é preciso resolver os problemas pela raiz? Elas lutam por qualidade de vida!

Nesse mesmo dia internacional da mulher, de um lado, violência sobre as camponesas e, de outro lado, a Exma Governadora entregou o troféu Ana Terra a 25 mulheres em festividade no Teatro São Pedro. Isso não é uma contradição? Desta forma, será que seu discurso tem legitimidade?

Exma. Governadora! Como mulheres e mães, não suportamos mais ver nossos filhos sendo arrancados brutalmente de nossos braços. São arrancados pelos diferentes tipos de doenças, enfermidades que não têm cura, resultado dos venenos/agrotóxicos, químicos, industrializados, pouco mais pouco menos, vai levando um a um..., são arrancados pela fome, resultado da concentração de renda, dos latifúndios, da ganância, são arrancados pela miséria resultado das grandes desigualdades sociais, são arrancados também, coletivamente, pela agressão policial, como aconteceu no seu Estado, quando mulheres e mães que lutam diariamente por qualidade de vida tiveram a coragem, de colocar o dedo na raiz do problema. A vida para quem trabalha no campo é cruel e dolorosa demais. Onde está a solução?

A exma governadora, ao colocar sua cabeça no travesseiro para dormir, parou um instante para pensar que marcas ficarão nas vidas dessas 250 crianças que foram separadas de suas próprias mães, jogadas no chão, deitadas com suas mãozinhas na cabeça? Se coloque, por um instante, governadora no lugar dessas mães, que se viam longe de seus pequenos, de suas pequenas, o que será que passou em seus corações? Dá para agüentar? Se coloque por um instante no coraçãozinho dessas crianças inocentes, vendo suas mães sendo violentadas, com fome, com sede, querendo abraçá-las, precisando delas, não podendo mais sentar em seus colos para delas receber afeto, consolo e comida? Na sua grande maioria, tenha certeza governadora, não sabiam o que ali estava acontecendo. A quem poderiam elas se dirigir para buscar socorro? Certamente um dia essas crianças farão a pergunta:

Professora Yeda, economista, porque você fez isso conosco? Porque Professora? Que lição é esta? Não tinha outra maneira? As Ferramentas de trabalho que nossas mães utilizam para garantir o nosso café da manhã, o almoço e o jantar, que nem todos têm, usam para produzir comida saudável, foram apreendidas e os barracos que nós estávamos todos destruídos. Por que fizeram isso conosco? O que você faria se visse seus filhos, netos, bisnetos, tataranetos (...) sendo tratados dessa forma como nós fomos tratados?...

Que imagem ficou gravada na memória dessas crianças que, ao invés de ver os soldados lhes protegendo, e exigindo que a empresa invasora de seu espaço, lhes deixássem viver em paz, viram suas mães, mulheres camponesas que trabalham dia a dia, sol a sol, sendo agredidas na entrada daquela fazenda? Certamente elas não se cansarão de perguntar: Por que permitiu isso?

Quem sabe essas crianças um dia dirão: Ainda pequeno, nos braços de minha guerreira mãe, eu já aprendi a lutar pela vida, pela natureza, pelo planeta. Minha mãe sempre me dizia que o deserto verde, coloca em risco a vida da humanidade hoje e condena a humanidade de amanhã. Aprendemos com nossas mães lutadoras aquilo que, quem tem a tarefa de nos ensinar, não o faz: Cuidar do planeta, a casa onde moramos. Como diz a canção do Pe. Zezinho: quando eu crescer eu vou cuidar do meu planeta e libertá-lo da destruição, vocês verão!

É possível que mais tarde essas crianças possam afirmar: Nós e nossas mãezinhas, trabalhadoras do campo, denunciamos com nossas vidas que a empresa Finlandesa, cometeu um crime ao ter comprado 86 mil hectares de médios e grandes proprietários, na área de fronteira com o Uruguai e Argentina o que é proibido por lei. Denunciamos também o papel que cumpre o Estado quando se coloca a serviço das multinacionais, contra o princípio da vida humana e do planeta.

O que essas mulheres camponesas, mães na sua grande maioria, estão querendo é viver com dignidade no campo. Por isso propõem a soberania alimentar, que prevê a cada país condições de produção dos alimentos, garantindo autonomia e criando condições para combater a fome, as doenças, a miséria e as desigualdades sociais, possibilitando o desenvolvimento da agricultura e do nosso país.

Exma Governadora! Pedimos em nome da vida e do direito à liberdade que sejam liberadas todas as mulheres camponesas, indenizadas em seus danos, sejam eles morais ou pessoais e que seja condenada a Empresa Stora Enso, multinacional ilegal. Pedimos justiça às mulheres e às crianças camponesas e punição à Empresa Stora Enso.

Salvador, Bahia, 08.03.2008

Atenciosamente:

Sirlei A. K. Gaspareto
Estudante Ciências Sociais. UFCG-PB

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Contribuição feita pelo Prof° João Carlos Ritter

Conselho Nacional de Juventude

Com 38 votos, o representante do Instituto de Juventude Contemporânea (IJC), Davi Barros Araújo, foi eleito presidente do Conselho Nacional de Juventude. O segundo candidato, Valério Bemfica, do Centro Popular de Cultura, obteve 12 votos. A eleição, realizada na última terça-feira (10/3), em Brasília, durante a 16ª reunião do colegiado, contou com a participação de 50 conselheiros e registrou uma abstenção. Para a vice-presidência foi eleito Danilo Moreira, secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Juventude, que exerceu o cargo de presidente em 2008.
O Conselho é composto por 2/3 de representantes da sociedade civil e 1/3 de representantes governamentais, que são eleitos para um mandato de dois anos. A presidência e vice-presidência são alternadas, anualmente, entre os representantes dos dois segmentos. Criado em 2005, o Conjuve desempenha um importante papel na consolidação da política nacional de juventude e teve participação fundamental na realização da 1ª Conferência Nacional de Juventude, em abril de 2008. No ano passado, a presidência e vice-presidência foram exercidas, respectivamente, por Danilo Moreira, que é secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Juventude, e Maria Virgínia de Freitas, representante da ONG Ação Educativa.
O IJC – O Instituto de Juventude Contemporânea comemora dez anos de atuação direta junto à juventude cearense e, segundo seus representantes, a eleição para o Conselho significa mais um marco na trajetória de vitórias alcançadas pelo Instituto, que começou nas pastorais sociais, a partir da necessidade de construir um instrumento de ação direta junto ao público juvenil. Para a coordenadora de programas sociais do IJC, Camila Brandão, "David leva os princípios e os valores da Instituição e pode oportunizar ao Conjuve uma relação mais próxima com organizações e movimentos juvenis, com o objetivo de consolidar a política nacional de juventude como uma política de Estado”.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Dois dias, duas derrotas

A votação sobre o veto das faltas do abono dos professores grevistas imposto pela governadora Yeda Crussius na Assembléia Legislativa, fez doer no governo duas derrota, hoje, a repeito do que aconteceu ontem, a estratégia da oposição deu certo e por falta de quórum a votação foi protelada para amanhã com perspectivas de posterior adiamento.
A base governista mostra-se cada vez mais fragilizada e com muita incapacidade de organização e aos poucos o folêgo que antes possuía parece ir se dissipando. A comemoração em plenário da oposição é outra vitoria que mobilizou aos presentes e arrancou aplausos do CPERS Sindicato.
Mesmo que Yeda tente minimizar estas questões fica claro o reflexo da falta de segurança dos deputados de sua em aprovação ao veto.
Registro aqui também, minha indignação para com a juventude Tucana que apoiava o veto, e se dizia lutar em nome de uma educação honesta e de qualidade. Mas que qualidade é essa que existe a truculência e o minimo direito ao professor de se opor a idéia de desmonte da educação.

E agora Roth?

Nem bem iniciou a Libertadores e os maus resultados no gauchão e principalmente a forma como perdeu o clássico grenal, levou Celso Roth à berlinda hoje.
Se os resultados não forem positivos, na Libertadores da América contra o desconhecido Boyacá Chicó da Colômbia, sua demissão deve ser anunciada. A crítica de torcida e imprensa é sobre a falat de esquenta tático, de aproveitamento de jogadores, de erros de escalação ..., só uma vitória salva Roth.
Jogadores prometem empenhar-se para manter o treinador.
O jeito é esperar para ver.

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Bruxa de Lair

O blog do Levante Popular da Juventude satiriza o governo Yeda Crusius com o lançamento do filme "A bruxa de Lair", uma "produção da Lair Ferst Picture". A sinopse é a seguinte:
No ano de 2006, três estudantes de magia negra se embrenharam nas florestas de eucalipto do Pampa para um contato imediato com a bruxa lendária que assombra o lugar. Depois disso, nunca mais se ouviu falar de Délson, Busatto e Germano. O que aconteceu com eles? Que fim levaram? Porque esses guris não aparecem mais na TV? Três anos depois, todo o horror vem à tona. Uma gravação em vídeo “com qualidade de cinema” é encontrada. Ela revela os últimos e apavorantes momentos dos três jovens e todas as dimensões do terror que assombra o Rio Grande! É o que você vai ver em “A Bruxa de Lair”. Você vai ficar paralisado de pavor! E não vai levantar da cadeira. Nem por R$ 100 mil!
SIMPLESMENTE IMPERDÍVEL

Fauna da Costa Doce inspira peças de artesanato

Um passeio pelo belo cenário natural da Costa Doce, no Rio Grande do Sul, é a proposta da nova coleção de artesanato do grupo Bichos do Mar de Dentro. As mais de 200 peças, inspiradas na fauna e flora da região, serão lançadas oficialmente durante a 16ª Paralela Gift – Feira de Design e Produtos Contemporâneos. A edição do evento, que apresenta semestralmente ao mercado brasileiro as principais novidades do setor, será realizada, em agosto, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. O Bichos do Mar de Dentro, formado por 45 artesãos dos municípios de Pelotas, Rio Grande, São Lourenço do Sul, Piratini e Camaquã, conta com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) e Sebrae Nacional, por meio do projeto Artesanato do Mar de Dentro.

O aperfeiçoamento de técnicas artesanais e a responsabilidade de preservação ambiental são, de acordo com a gestora do projeto Artesanato do Mar de Dentro, Jussara Cruz Argoud, os principais conceitos que integram a coleção 2009 do Bichos do Mar de Dentro. “Voltados às tendências atuais de mercado, os artesãos participaram de oficinas com designers, estilistas e consultores especializados durante os últimos três meses. Os encontros resultaram na criação de mais de 200 novos produtos, como almofadas pintadas à mão, bolsas com estampa de pegadas de animais, entre outros”, adianta a gestora.

Entre os destaques da nova coleção está a ampliação da linha de bichos de pelúcia. As 12 peças que fizeram sucesso na primeira coleção do grupo ganharam a companhia de outras 12 espécies de animais tradicionais da região da Costa Doce: cardeal, noivinha-do-rabo-preto, mão pelada, ema, peixe anual, rã-macaco, tartaruga tigre d’agua, tatu, saíra das sete cores, tamanduá e duas espécies de borboletas. Além da confecção dos produtos, os artesãos do Bichos do Mar de Dentro trabalham hoje na organização de um catálogo voltado aos lojistas. O material, que também deverá ser divulgado durante a 16ª Paralela Gift, reúne fotos dos artigos produzidos pelo grupo, histórico dos empreendedores participantes do projeto, dados sobre a fauna da região e informações comerciais.

Para o artesão José Carlos Neutzling, integrante do núcleo do Bicho do Mar de Dentro, em São Lourenço do Sul, as novidades que serão apresentadas, em 2009, consagram o sucesso conquistado pelo grupo por meio do empenho de seus participantes. “O alto grau de aceitação dos produtos no mercado lojista nos deixa muito orgulhosos. Em apenas três anos de trabalho, somamos mais de 2 mil peças comercializadas nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília”, resume. Para os próximos meses, o grupo espera que os artigos customizados à mão conquistem novos consumidores, disseminando para maior número de estados os aspectos culturais da região.

A Costa Doce, uma das mais belas regiões do Rio Grande do Sul, é constituída pelo maior complexo lacustre da América Latina, que inclui o Lago Guaíba, o Rio Camaquã, o Canal São Gonçalo e as Lagoas dos Patos, Mirim e Mangueira. Os destinos, ideais para a prática de turismo ambiental, cultural e de aventura, trazem na natureza a cultura e a história do povo gaúcho em 12 municípios: Pelotas, Piratini, Jaguarão, Arambaré, Barra do Ribeiro, Camaquã, Chuí, Guaíba, Santa Vitória do Palmar, São Lourenço do Sul e Tapes, e ainda o Balneário do Cassino e da Ilha dos Marinheiros, ambos no município de Rio Grande.

O projeto Artesanato do Mar de Dentro tem como objetivo a ampliação e comercialização de produtos artesanais da região, gerando aumento de renda. As ações beneficiam 300 artesãos de zonas rurais, periferias urbanas e colônias de pescadores, dos municípios de Aceguá, Amaral Ferrador, Arroio do Padre, Arroio Grande, Candiota, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Chuí, Cristal, Herval, Hulha Negra, Jaguarão, Morro Redondo, Pedras Altas, Pedro Osório, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Rio Grande, Santana da Boa Vista, Santa Vitória do Palmar, São José do Norte, São Lourenço do Sul e Turuçu. O foco do projeto são produtos elaborados com técnicas artesanais que incluem biscuit, bordado, costura, crochê, madeira, lã, couro, escamas de peixe e fibras naturais.

Bichos do Mar de Dentro

O grupo, criado em dezembro de 2006, foi constituído a partir da união de artesãos de Camaquã, Rio Grande, São Lourenço do Sul e Santa Vitória do Palmar. Com o auxílio de uma equipe de designers, os empreendedores desenvolveram uma coleção de artesanato inspirada na Costa Doce do Rio Grande do Sul. Essa região, que engloba o chamado “Mar de Dentro”, configura-se em um dos maiores santuários ecológicos do Estado.

A primeira coleção confeccionada pelos artesãos é formada por 12 espécies encontradas na região – cisne-do-pescoço-preto, capivara, tachã, biguá, coruja do campo, quero-quero, gambá-de-orelha-branca, jacaré-do-papo-amarelo, jararaca-da-praia, garça grande, garça pequena e graxaim –, além de almofadas, bolsas, cachecóis, caixas decorativas, cortinas, fantoches de dedos, imãs de geladeira, nécessaires, entre outros produtos. São parceiros do Bichos do Mar de Dentro a Caixa Econômica Federal, a Agência de Desenvolvimento Turístico da Costa Doce e biólogos atuantes na região.

Calçamento: quem irá pagar a conta?

Legenda 1: Cobrança de taxa em função de calçamento surpreende moradores. Outros denunciam a cobrança irregular feita diretamente por empreiteira

Legenda 2: Dona Loraci da Silva não tem calçamento na frente de sua residência, mas recebeu a cobrança.

A alegria vira dor de cabeça

Depois de receber o calçamento, moradores foram pegos de surpresa com cobrança da Prefeitura, pela Lei de Taxa de Melhoria. Alguns denunciam irregularidades, como a cobrança pelas pedras feita por uma empreiteira que realizou a obra, com prejuízos que passam de R$ 5 mil. A Prefeitura reconhece que não cumpriu o trâmite legal para as obras iniciadas em 2008, mas não abre mão da cobrança, baseado na Lei de Responsabilidade Fiscal

A empresária Evani Pereira Machado (67) não esconde a satisfação do calçamento que chegou a frente de sua residência em 2008, na rua Cel. Vivaldino Mendes, esquina com Rua Dona Tereza. No entanto uma cobrança enviada pela Prefeitura, denominada Contribuição de Melhoria, chamou sua atenção porque ela pagou cerca de R$ 5,4 mil diretamente para a empreiteira. A moradora afirma que uma pessoa, chamada Gildo, a procurou em nome da empreiteira fazendo a cobrança, que foi paga em três vezes, sendo fornecido um recibo simples como comprovante. Ela disse que não quer saber o valor da cobrança que existe na Prefeitura, pois o que tinha para pagar já pagou.

O assunto surpreendeu o procurador do Município, Fulvio Lessa da Rosa. “Vamos realizar investigações para apurar esses fatos”, disse. Ele informou ainda que quem tiver qualquer dúvida, denúncia, crítica ou elogio pode ligar para o telefone 156, junto ao gabinete do prefeito, sem a necessidade de identificação.

Assim como a empresária, outros moradores foram abordados por funcionários que executavam a obra, sendo informados que se não fizessem o pagamento exigido, o calçamento não chegaria às suas casas. O motorista José Antonio Moscardini (49), morador da Rua Dona Tereza se negou a fazer o pagamento. Mesmo assim a obra foi feita e ele também recebeu a cobrança. “Também não fomos informados pela Prefeitura da cobrança que chega perto de R$3 mil. Não paguei”, diz Moscardini. Outros moradores chegaram a fazer o pagamento, também recebendo a cobrança pela valorização do imóvel. Moradores da rua Guadalajara, Livramento, Julio de Castilhos entre outras foram notificados, todas após o período eleitoral da mesma taxa.

A polêmica cobrança

A Lei de Cobrança de Melhoria sofreu mudanças e passou a valer para obras que foram iniciadas depois janeiro de 2008. Essa lei é uma taxa aos moradores que recebem alguma obra pública e, conseqüentemente, têm seu imóvel valorizado. Conforme a Lei, para ser cobrada dos moradores, ela precisa passar por um rito burocrático que vai desde o edital publicado antes e depois da realização da obra explicando quanto valia e quanto passou a valer o imóvel. “Quando a obra estiver pronta o cidadão tem que ser notificado através de correspondência protocolada por autoridade do poder executivo dizendo quanto valia e quanto passará a valer seu imóvel em função da melhoria da rua”, afirma o vereador José Carlos Copes (PT). “Ninguém foi notificado de nada. Leva-se ao entendimento de que a lei foi desrespeitada”, afirma. uanto valia e quanto passou a valer o imum rito burocr

Questionado como a prefeitura procedeu, o procurador do município reconheceu o erro. “Até janeiro de 2008, quando apresentamos esta lei à Câmara, não havia um rito para esta cobrança. O executivo se propôs a isto, que facilita esta cobrança. O fato desta normalização na lei não ter sido seguida, não quer dizer que o município não deva cobrar a contribuição. Se foi uma falha não ter seguido o rito da lei, a maior falha seria não cobrar. Aí sim seria renúncia de receita e descumprimento da lei de responsabilidade fiscal, com problemas severos ao prefeito. No primeiro ano de vigência da lei as coisas aconteceram de forma meio atropelada, não houve tempo hábil para seguir esse regramento. Mas é mais importante realizar a obra do que perder os recursos”, disse.

O prefeito Ernesto Molon (PMDB) recebeu no gabinete moradores da Rua Livramento para esclarecer a cobrança feita pelo executivo. Depois de sessão na Câmara para prestação de contas, vereadores questionaram a cobrança. Diante disso, foi garantido que todos moradores, separados por rua, serão recebidos pelo executivo para esclarecer todas as dúvidas.

Pedido de informações

Os vereadores Everton Clarão (PSB), André Oswaldt (PDT) e Antonio Altair (PDT) realizaram dois pedidos de informações à prefeitura sobre todas as obras realizadas em 2008 e 2009, com uma série de detalhes como orçamento de cada obra, planilha de custos, plantas de cada uma, valor individual de cada imóvel antes e depois da obra bem como relação dos valores cobrados de cada obra, além da proposta de parcelamento. Lessa justificou o não envio em função do detalhamento do pedido do legislativo, o que teria motivado a demora.

O líder do governo na Câmara, Ludgero Marques (PMDB), também reconheceu que o executivo errou. “Acho que foi uma questão administrativa. E já posso antecipar que vamos responder (ao pedido de informações dos vereadores), não com os dados que vocês pedem, porque realmente não tem. E acho que temos que entender que quando temos culpa dizer ‘somos culpados. Houve realmente um erro administrativo ao encaminhar esse calçamento’”, afirmou.


Moradores sem calçamento

Ainda na rua Dona Tereza, moradores que não receberam calçamento foram notificados com a cobrança baseada na mesma lei que trata das melhorias. A merendeira Loraci Santos da Silva disse que as modificações na rua passaram a causar alagamento de sua casa, o que a motivou a fazer uma espécie de taipe na margem da rua para evitar a entrada da água das chuvas. “Não tenho condições de pagar. Mas vou pagar o que? Nem calçamento na frente de casa eu tenho”, afirmou.

O vereador Antônio Altair Puschnerat disse que o povo está sendo enganado e que a Câmara precisa discutir os fatos. “Pedem votos durante a campanha e depois mandam a cobrança para trabalhadores, aposentados, pessoas desempregadas”, criticou.

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Matéria Veiculada no Jornal Gazeta Regional de Camaquã/RS na última sexta-feira, 06/03/09