terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Bah! Baita Beiteira

Chocado! Esta é a exclamação perfeita para definir boa parte da televisão brasileira, com alguns programas de uma insignificância que beiram ao abismo do ridículo, sendo pejorativos, preconceituosos, difamatórios e ultrajantes, trazendo a sociedade uma proposta de alienação e manipulação, desrespeitando os direitos humanos de indivíduos e sociedades.
E para quem acha que estou exagerando, basta ver os programas policialescos, onde o apresentador se coloca na condição de juiz, execra o suspeito, antes mesmo de ele prestar esclarecimento a autoridade policial, e ainda mais tenta simplificar os procedimentos técnicos de uma área complexa como a segurança pública, em meros "sopapos e bolachões" como medida cautelar da violência, ora se combate violência com mais violência, em suas teorias. Faça-me o favor...
Mas também já descobri de onde vem essa teoria, dos chamados "ultimating Fighting", onde dar socos e pontapés virou febre nacional, e inclusive esporte, e como meu amigo João bem definiu hoje, no Brasil não pode rinha de galos e outros animais, mas nós os bípedes superiores, esse sim pode ter rinha. E bota rinha nisso, não importa se o adversário quebrar o braço, ou ficar desacordado no ringue, alias tudo é um esporte, não é?
E temos os famosos "reality shows" que instigam a baixaria, a fofoca, a vulgaridade de alguns participantes, a intriga e mostram a beleza humana em sua essência, caráter então nem se fala né. E agora por cima, tem crime acontecendo também, e não é pouca coisa, trata-se de "estrupo de vulnerável" quando alguém não consente que aconteça o ato sexual, e o pior a emissora tentou abafar a questão, editando cenas, mudando o sentido do acontecido, e principalmente interrogando a participante, entendo-se como a lei maior, enfim ela foi conivente e isso cabe algumas reflexões que coloco a seguir:

1 - A que nível chegamos, e ao que temos que assistir na televisão, tá na hora de fazer uma campanha de tirar alguns programas do ar, urgentemente.
 
2 - Se uma TV é uma concessão pública, e se o estupro é um crime, se a TV é conivente com o crime, então ela é cúmplice do crime do crime, não?

3 - Este último caso, só prova que está na hora do Brasil implantar o Conselho de Comunicação para regularizar esta concessão pública que é a TV.

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