DOPS será identificado oficialmente como local de tortura em Porto Alegre
Foto: Ramiro Furquim/Sul21 |
O Comitê Pela Verdade e Justiça Carlos De Ré fará um ato ousado nesta
quarta-feira (27). Ao meio dia, o grupo pretende identificar o primeiro
prédio público em funcionamento como antigo local de tortura no regime
militar. Onde hoje funciona o Palácio da Polícia (Av. João Pessoa,
2050), abrigou em 1964 o Departamento de Ordem Política e Social (Dops),
em Porto Alegre. “Isto já está comprovado e fundamentado. Pela
legislação podemos fazer esta identificação. Faremos uma grande
mobilização”, explica o presidente do Comitê, vereador Pedro Ruas
(PSOL).
Foto: Ramiro Furquim/Sul21 |
A concentração de ativistas dos direitos humanos e demais apoiadores
da verdade sobre o período de exceção será a partir das 11h30. A
demarcação pública do local será completa. “Vamos desde a João Pessoa
até o interior do prédio, onde ocorriam as prisões”, salienta Ruas.
Está prevista a participação de autoridades, políticos e ex-presos
políticos, como o último preso político no Brasil, Antonio Louzada.
Nesta terça-feira (26), o vereador Pedro Ruas convidará o prefeito de
Porto Alegre, José Fortunati (PDT) e o governador gaúcho, Tarso Genro
para acompanhar a identificação do Dops. “Se não forem, ao menos foram
convidados e esperamos algum representante”, falou.
A primeira identificação de um dos locais onde ocorreu tortura na
ditadura militar feita pelo Comitê Pela Verdade e Justiça Carlos De Ré
foi o Dopinha, no casarão amarelo da rua Santo Antônio, esquina com
Vasco da Gama.
Por Rachel Duarte (Jornal Sul 21)
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