O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, enfrenta um processo de impeachment por sua responsabilidade nos confrontos entre policiais e camponeses que deixaram 17 mortos na semana passada.
Julgamento: Presidente Lugo terá duas horas para se defender de impeachment
Lugo disse que não renunciará e que se submeterá ao processo,
aprovado quase por unanimidade nesta quinta-feira no Congresso do país.
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No palácio presidencial em Assunção, Lugo se negou a deixar o poder
15 de junho: Seis policiais e 11 camponeses
morrem em enfrentamento durante uma desapropriação de terra no nordeste
do Paraguai, em uma área fronteiriça com o Brasil.
O ministro do Interior, Carlos Filizzola, e o comandante da
Polícia Nacional, Paulino Rojas, deixam o cargo após o incidente. O
Congresso resolve formar uma comissão para investigar os acontecimentos e
fixar responsabilidades concretas.
Missão: Unasul enviará grupo para acompanhar processo de impeachment
16 de junho: Lugo empossa como novo ministro do
Interior o ex-procurador-geral Ruben Candia, um homem vinculado ao
opositor Partido Colorado, buscando abrandar a crise.
20 de junho: Lugo ordena a criação de uma comissão
especial de investigação, na qual participaria a Organização dos Estados
Americanos (OEA), para esclarecer o confronto entre policiais e
camponeses.
O mandatário confirma o ministro do Interior no cargo, o que desata a ira de seus aliados do Partido Liberal.
21 de junho: Câmara dos Deputados
do Paraguai aprova quase por unanimidade um processo de impeachment
contra Lugo por sua responsabilidade no enfrentamento entre policiais e
camponeses.
O presidente diz que não renunciará e que se submeterá ao processo porque "não existe nenhuma causa razoável, ou jurídica ou política" para a sua saída.
O Senado, encarregado de dar prosseguimento ao processo, recebe a
acusação contra o presidente e convoca uma sessão extraordinária.
As Forças Armadas garantem que permanecem dentro de sua função, respeitando a ordem constitucional e democrática do Paraguai.
AP |
Senadores aprovam processo de impeachment contra o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em Assunção
Fonte: IG *Com Reuters
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