quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A promessa do papel

Os jornais Correio do Povo e Zero Hora anunciam hoje que a Votorantim Celulose e Papel (VCP) demitiu 118 dos 207 funcionários do viveiro de Capão do Leão. A maioria dos trabalhadores atuava no plantio de eucaliptos. Em nota oficial, a empresa disse que, “devido aos impactos da desaceleração da economia global, com a conseqüente redução na demanda internacional por commodities, está adotando medidas de adequação da produção”. Outras duas empresas que prestam serviços à Votorantim também anunciaram demissões. A Carpelo, responsável pelo o plano de segurança da VCP e a Benfica Extremo Sul, encarregada do transporte, dispensaram os trabalhadores que tinham contratado. Segundo o gerente da Carpelo, José Andrade, o trabalho deste ano já foi finalizado e as atividades para 2009 estão suspensas. 'Eles comunicaram que, no ano que vem, não haverá plantio em nenhuma área da região', afirmou. A anunciada revolução na região Sul do Estado, que seria provocada pela expansão das monoculturas de árvores para a produção de celulose, começa a revelar que tinha pés de barro. Os prejuízos causados pelas operações especulativas da Aracruz e da Votorantim transformaram as promessas douradas em demissões e cortes de investimentos. O blog do Diário Gauche destaca matéria publicada hoje, na “Folha de S. Paulo”: depois de ouvir especialistas e observadores de mercado do setor de papel e celulose, (a Folha) arrisca dizer que a empresa “Aracruz não tem como pagar dívida e continuar funcionando”. O jornal paulistano chega a falar em iminente “quebra” da papeleira, o que “geraria demissões em toda a cadeia produtiva” da celulose no Brasil.
___________________________________________________________________
Contribuição do Blog RS Urgente

Nenhum comentário:

Postar um comentário